Segundo o documento, o pH (Potencial
Hidrogeniônico), ou índice de acidez do produto é 13,5, que corresponde à
soda cáustica. “Agora o laudo vai ser anexado à ação de indenização por
dano moral que movi contra a Unilever, na 2ª Vara Cível de Guarujá”,
explica o advogado Airton Sinto.
O advogado afirma que o vice-presidente
da Unilever Brasil, Newman Debs, mentiu durante audiência pública na
Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, realizada no
dia 27 de março em Brasília (DF). “Ele disse que desde o primeiro
momento em que a empresa teve conhecimento da contaminação, já tomou
medidas para avisar a população, a imprensa e os órgãos competentes.
Isso é mentira. A minha cliente ligou para o Serviço de Atendimento ao
Consumidor (SAC) no mesmo dia. Ela tem um protocolo que confirma isso. É
só resgatar a gravação da conversa. Também avisamos a Vigilância
Sanitária de Guarujá. Ainda assim, a Unilever só se pronunciou sobre o
assunto uma semana depois”, explica.
Sinto diz que sua cliente, que não quer
se identificar por medo de represálias, já está melhor de saúde, mas
ainda tem uma sequela psicológica. “Ela não se conforma de ter sido
ignorada. E eu também, como cidadão, não entendo como uma empresa desse
porte pode se comportar de forma tão evasiva, desrespeitando o
consumidor”, conclui.
Outro lado
Em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Unilever reafirma que imediatamente após certificar-se do problema – que até 96 unidades de Ades sabor maçã, de 1,5 litro (lote AGB25), foram envasadas com solução de limpeza – alertou a população, anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto e informando oficialmente às autoridades competentes. A empresa reforça que deu todo o atendimento necessário aos consumidores afetados que entraram em contato com a empresa.
A Unilever afirma ainda que a fábrica de Ades já foi visitada em duas
ocasiões pelas autoridades e todas as medidas corretivas solicitadas
pela Secretaria Estadual de Saúde já foram implementadas.Em nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Unilever reafirma que imediatamente após certificar-se do problema – que até 96 unidades de Ades sabor maçã, de 1,5 litro (lote AGB25), foram envasadas com solução de limpeza – alertou a população, anunciando, a partir do dia 14 de março, o recall do produto e informando oficialmente às autoridades competentes. A empresa reforça que deu todo o atendimento necessário aos consumidores afetados que entraram em contato com a empresa.
A empresa finaliza pedindo desculpas novamente aos consumidores afetados, reafirmando que o principal objetivo da Unilever é garantir a segurança do consumidor e manter a máxima transparência em relação à qualidade e excelência de seus produtos.
O caso
Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, passou mal depois de ingerir uma bebida à base de soja que comprou em um supermercado da cidade. A vítima alega que bebeu o suco de maçã Ades durante um encontro entre colegas de trabalho. Assim que engoliu o produto, a mulher começou a passar mal, com uma sensação de queimação interna.
Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, passou mal depois de ingerir uma bebida à base de soja que comprou em um supermercado da cidade. A vítima alega que bebeu o suco de maçã Ades durante um encontro entre colegas de trabalho. Assim que engoliu o produto, a mulher começou a passar mal, com uma sensação de queimação interna.
Segundo a consumidora, antes de ser
levada para o hospital pelos amigos, ela ligou para o Serviço de
Atendimento ao Consumidor (SAC) da fabricante Unilever para informar o
que aconteceu, mas a atendente respondeu que era um caso pontual e que a
empresa não iria retirar o suco do mercado. Um exame preliminar, feito
em uma empresa particular, apontou as chances de contaminação por soda
cáustica.
Fonte:G1
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