terça-feira, 30 de abril de 2013

Paralisação de funcionários do Banco do Brasil não chega a Pernambuco

4f4d27c48030529be337e69d5c8d07bd.jpg
Os funcionários protestam contra o novo plano de carreiras da instituição
Foto: Ivaldo Bezerra/ Lumem Fotos
Ao contrário de outros estados, funcionários do Banco do Brasil (BB) em Pernambuco resolveram não aderir à paralisação de 24 horas nesta terça-feira (30). Mesmo assim, as reivindicações são divulgadas no Recife através de um protesto em frente à agência da Avenida Rio Branco, no Centro.

Os trabalhadores se concentram em frente ao banco com faixas, balões pretos e roupas da mesma cor. Além disso, uma banda de forró foi contratada para tocar uma paródia a uma música de Luiz Gonzaga composta para mostrar as reivindicações.

A reclamação dos funcionários do BB é sobre o novo plano de carreira adotado pela instituição, principalmente em relação à redução de adicionais para os cargos em comissão e para as funções gratificadas. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) que representa os bancários, o novo plano reduz o adicional de função gratificada de seis horas e do adicional de função de confiança para os comissionados que trabalham oito horas.

Em vigor desde fevereiro, o novo plano de carreiras do Banco do Brasil definiu dois tipos de cargo: os comissionados, com jornada de oito horas, e os demais, com seis horas diárias. Os bancários alegam que funcionários que ocupam cargo em comissão foram obrigados a aceitar jornadas e salários menores e que os atuais cargos comissionados não serão mais preenchidos por funcionários com o mesmo salário.

De acordo com o Banco do Brasil, foi dada a opção para que os funcionários permanecessem nas funções de confiança ou optassem pela jornada de seis horas. A instituição cita ainda pesquisas internas que mostrariam que a maioria dos trabalhadores está satisfeita com o novo plano.

A troca da paralisação pelo ato simbólico foi definido pelos funcionários em assembleia realizada na última sexta-feira (26). "A adesão seria muito pequena no Estado porque muitos trabalhadores ainda estão amedrontados com ameaças recebidas do banco sobre o corte de ponto para quem participasse", denunciou a presidente do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello.


Do NE10

0 comentários: