No primeiro dia da paralisação nacional, cerca de 100 profissionais da educação pública de Pernambuco se reúnem em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEE), na manhã desta terça-feira (23), em ato público por melhorias das condições de trabalho e profissionalização dos funcionários da rede.Na Escola Sizenando Silveira, no Centro do Recife, dos 21 professores do ensino médio, apenas sete compareceram às aulas nesta manhã. Dos 200 alunos, 20 estudantes do 1º ano foram para a escola. OSindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) acredita que o movimento teve adesão de 90% dos professores da rede.
O secretário estadual de Educação, Ricardo Dantas, confirmou que receberá representantes do Sintepe, os quais entregarão um levantamento realizado em 206 escolas estaduais sobre as precárias condições estruturais e de pessoal. De acordo com o presidente do Sintepe, Heleno Araújo, faltam professores em 48% das escolas pesquisadas e 60% delas têm problemas estruturais. “Há carência de 63 técnicos em educação e 158 educadores de apoio (coordenador pedagógico). Na parte física, faltam 13.431 bancas”, reclamou.Os manifestantes estão no pátio da SEE com carros de som e faixas. Além de entregar o levantamento, o Sintepe pretende negociar com o secretário com relação ao ponto dos professores que aderiram à greve, já que o governo informou nessa segunda que “eventuais faltas dos profissionais do magistério serão descontadas sem a possibilidade de compensação”.
Segundo a assessoria de imprensa, o Sintepe deu entrada no Ministério Público de Pernambuco para tentar reverter o corte do ponto, pois “para garantir os 200 dias letivos, os professores vão precisar repor as aulas”.NACIONAL - Profissionais da educação de todo o Brasil lutam para que 100% dos royalties do petróleo e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) sejam destinados para a educação, além da aprovação imediata do Plano Nacional de Educação, que se encontra em tramitação no Congresso Nacional.
DA REDAÇAO COM O NE10-Foto: Guga Matos/Arquivo/JC Imagem
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