O clínico geral Aloisio Fonseca, do
Hospital Universitário Pedro Ernesto e professor da Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj),
destacou que uma das principais preocupações deve ser com a a hidratação
porque, mesmo com a chuva, o tempo continua quente.
Ele ressaltou que as pessoas devem beber bastante líquido, não fazer jejum prolongado e manter as condutas de higiene que têm no dia a dia, como por exemplo lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro, lavar frutas, legumes e verduras antes do consumo. Fonseca salientou que as medidas de higiene contribuem para evitar infecções intestinais, que podem levar à desidratação.
Ele ressaltou que as pessoas devem beber bastante líquido, não fazer jejum prolongado e manter as condutas de higiene que têm no dia a dia, como por exemplo lavar as mãos antes das refeições, depois de ir ao banheiro, lavar frutas, legumes e verduras antes do consumo. Fonseca salientou que as medidas de higiene contribuem para evitar infecções intestinais, que podem levar à desidratação.
Na hora da alimentação, a recomendação é
preferir comer em locais idôneos ou que vendam muita comida, porque
significa renovação frequente dos alimentos. Comer em barraquinhas de
ambulantes, na rua, “deve ser evitado, dentro do possível”. Caso a
necessidade obrigue a se alimentar nesse tipo de serviço, a receita é
procurar gente que faça comida a toda hora e “não comer maionese e nada
que possa estar feito de um dia para outro”. Na rua, a orientação é
comer arroz, salada verde, legumes e frutas. Evitar comidas muito
pesadas, para não passar mal depois.
O médico recomenda que se beba água
mineral ou filtrada, de preferência. Segundo ele, as bebidas alcoólicas
pedem consumo moderado. “O mínimo possível, sempre, que permita um
carnaval gostoso”, alertou. “Principalmente, se for dirigir, é zero
(consumo)”. Ele lembrou que é muito comum nessa época se ver nas
emergências dos hospitais gente alcoolizada, bêbada, que se feriu em
brigas e acidentes.
Para os passistas, que muitas vezes
desfilam em mais de duas escolas na mesma noite, ele recomendou que a
atenção deve ser redobrada. Eles devem “se manter sempre bem hidratados e
bem alimentados”. Fonseca lembrou que o uso da camisinha durante o
carnaval “é fundamental, para todos, para não serem surpreendidos
depois”.
Falando à Agência Brasil, o chefe da
Emergência do Hospital Samaritano, Luís Fernando de Barros Correia,
explicou que os foliões devem ser separados entre os que têm alguma
situação clínica de tratamento e aqueles que não têm doença alguma. Para
esses, as preocupações são as habituais e envolvem desidratação,
queimaduras de sol e efeitos da alimentação nessa época.
O mesmo se aplica às crianças, para as
quais os responsáveis devem ter a máxima atenção. “Só expô-las em
ambientes adequados”. Os pais devem evitar levar os filhos a ambientes
que sejam cheios demais, em lugares fechados ou abertos. Dar preferência
a blocos específicos para crianças. Ou seja, não misturar crianças em
blocos de adultos, porque elas podem se machucar ou serem machucadas,
“até de maneira inocente, porque as pessoas são adultas e estão pulando
em volta. Vai ter bloco, é bloquinho de criança”.
Deve-se evitar usar fantasias muito
elaboradas, pesadas ou de material sintético que impeçam as crianças de
suar. Os calçados também devem ser adequados. As vestimentas precisam
ser leves e de cores claras para permitir a transpiração. Isso se aplica
também aos adultos. “Porque a transpiração é o mecanismo natural de
refrigeração do nosso corpo”. Além disso, as crianças devem ser mantidas
hidratadas e com protetor solar próprio.
Quanto às pessoas que usam medicamentos
contínuos, como aqueles para diabetes, pressão alta ou outro problema de
saúde, a preocupação dos médicos é que não deixem de tomar o remédio.
“Tem que lembrar de tomar o remédio porque, senão, pode ter uma
complicação grave de uma doença crônica que vai ser piorada, porque você
está se agitando, está suando, está fazendo exercícios. Principalmente
pessoas que têm problema de coração, com pressão alta”.
Para todas as pessoas, a recomendação de
Luís Fernando Correia é que bebam moderadamente. “Não adianta encher a
cara no primeiro dia e perder o resto do carnaval no hospital ou em casa
mesmo, com uma ressaca danada”.
Uma vez que bebida faz parte do
carnaval, o especialista deu alguns conselhos para esta época do ano.
“Se beber, procure tomar bastante água durante o dia”. Tomando água com a
bebida ou sempre, você vai evitar ficar bêbado muito rápido e vai
evitar a intoxicação pelo álcool também. E, de preferência, beber
alimentado, para poder facilitar o funcionamento do corpo”. O médico
lembrou que esses são cuidados básicos que as pessoas costumam esquecer
no carnaval.
Fonte: Agência Brasil
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