sábado, 22 de dezembro de 2012

Maias não esperam fim do mundo, mas início de uma era melhor


Enquanto muitos aguardam o suposto fim do mundo previsto no calendário maia, poucos se importam com o destino dos descendentes desse povo pré-colombiano. Eles são a maioria na Guatemala e até hoje lutam para sobreviver.
Os antigos maias observaram o céu e os movimentos do sol, da lua e das estrelas. Eles interpretaram os ciclos do clima, a duração dos dias e das noites, o calor e o frio, a chuva e a seca. Eles definiram um ano, dividido em 18 unidades de 20 dias. No final de um ano, há cinco dias santos, nos quais as pessoas devem refletir sobre o passado, o presente e o futuro. Um ano do calendário maia durava 365 dias, exatamente o mesmo que o atual calendário gregoriano.
De volta para o futuro
Mas os maias não são apenas um povo antigo que viveu nas construções cujas ruínas fascinam turistas de todo o mundo. Até hoje eles compõem a maioria da população da Guatemala. Eles falam seu próprio idioma, praticam a agricultura de maneira semelhante à de seus ancestrais de mais de mil anos atrás e lutam pela sobrevivência num mundo moderno e globalizado.
Enquanto o antigo calendário maia provoca controvérsia por supostamente prever o fim do mundo para esta sexta-feira, 21 de dezembro de 2012, muitos maias que vivem na Guatemala acompanham esse debate com serenidade.
Maria Mateo, uma agricultora da população maia dos poqomchí, diz não acreditar que o fim do mundo esteja próximo. Ela crê que o fim do décimo terceiro baktun seja motivo de esperança. "Acreditamos mesmo que vai haver uma mudança, mas não numa data específica. Cada pessoa pode dar sua contribuição para essa mudança. A humanidade deve começar a realmente proteger a natureza. O povo maia e especialmente as mulheres devem se unir solidariamente, unir forças e lutar ju

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