A chegada da nova era maia nesta sexta-feira será celebrada nos países centro-americanos que eram terras desse antigo povo de cultura pré-hispânica marcada pela polêmica de que se trata do começo de novos tempos ou do temido apocalipse. Uma era maia é composta de 13 ciclos, cada um denominado de B'aktun, e cada ciclo é concluído a cada 5.125 anos, segundo o calendário feito por essa civilização, que habitou os territórios que hoje são a Guatemala, Belize, Honduras, El Salvador e o sul do México, com uma história de aproximadamente três mil anos.
Segundo a visão maia, neste dia 21 de dezembro terminará a era atual que foi iniciada em 3.114 a.C. e começará o primeiro B'aktun da era seguinte, data em que serão realizadas celebrações de governos e organizações maias da América Central. Essas festividades, que incluem rituais ancestrais, seminários e eventos gastronômicos, entre outros, terão como ponto principal as cerimônias que serão realizadas nos sítios arqueológicos. Os presidentes da Guatemala e de Honduras já anunciaram apoio às festividades.
Mas o acontecimento também foi entendido por alguns, erroneamente, como a chegada do fim do mundo, uma teoria que foi rejeitada pelos herdeiros da civilização pré-hispânica, por cientistas e inclusive pela Igreja Católica. "O fim do período do quinto sol (que acontecerá no dia 21 de dezembro de 2012) dará passagem a uma nova era, na qual haverá mudanças positivas em todos os sentidos para a humanidade", segundo afirmaram sacerdotes e guias espirituais maias da Guatemala.
A Conferência Nacional de Ministros na Espiritualidade Maia da Guatemala "Oxlajuj Ajpop", que organizou uma série de atos, insistiu no valor cerimonial e espiritual da data. "Não se trata do fim do mundo, mas do fim de um ciclo e do início de outro, portanto não esperem que as pessoas te contem, venham a Copán, cidade que viverá um espetáculo cultural", disse à Agência Efe a ministra de Turismo de Honduras, Nelly Jerez.
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