O substituto de Bento XVI poderá ser
conhecido em menos de três semanas após a sua renúncia, marcada para o
dia 28. O jornal italiano "Il Messagero" publicou nesta terça-feira que
especialistas consultados pela Santa Sé consideram a possibilidade de
realizar o conclave antes do dia 10 de março. Assim, caso seja eleito em
poucos dias, o novo Pontífice poderia celebrar a missa de abertura de
seu papado numa data importante para os católicos: o dia 19, data de São
José, padroeiro da Igreja.
Mas há outra possível razão para que o
processo de escolha do próximo Papa seja acelerado, contrariando a
previsão inicial de que o conclave só seria iniciado entre 15 e 20 dias
após a renúncia de Bento XVI. Até o fim de março, quatro dos 118
cardeais que no dia de hoje têm direito a voto completarão 80 anos -
idade limite para participar da votação.
Há ainda a polêmica em torno da presença
do cardeal americano Roger Mahony, arcebispo emérito de Los Angeles. A
idade - completará 77 anos no dia 27 - não é obstáculo, mas sim as
acusações de ter encoberto mais de cem casos de abuso sexual contra
menores cometidos por membros do clero. Na semana passada, o grupo
americano Catholics United lançou petição para que Mahony não viaje para
o conclave. Nesta terça-feira, em entrevista publicada pelo jornal "La
Repubblica", o cardeal italiano Velasio de Paolis, membro do conclave,
disse que a situação de Mahony é "desconcertante". Ao mesmo tempo, De
Paolis defendeu o respeito às normas da Igreja.
Também permanece em aberto a relação do
futuro Papa com o uso do Twitter, iniciado por Bento XVI em dezembro
passado. O Vaticano já confirmou que a conta @Pontifex ficará inativa
após a renúncia, mas não se sabe ainda se o sucessor fará uso do
recurso. Por outro lado, outra tecnologia recente terá participação
garantida já no primeiro dia do próximo papado: quem tiver o aplicativo
para celular The Pope App verá a fumaça branca que anuncia a escolha do
novo Pontífice.
diariodepernambuco
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