“Tenho muito orgulho do fato de que quem
recebe o Bolsa Família no nosso país são preferencialmente as mulheres.
Um país que reconhece isso é porque ele sabe o valor da mulher, da
mulher camponesa, do campo e da floresta, da mulher trabalhadora para a
criação do seu futuro e do seu presente. É um reconhecimento do Estado
brasileiro da importância das mulheres para resolver umas das maiores
pragas do Brasil, que foi e ainda é a desigualdade”, disse em discurso
durante o 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, no
Parque da Cidade, em Brasília.
Dilma ressaltou que a ideia de dar
preferência às mulheres no pagamento do benefício foi do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. “Quem soube disso primeiro não foi uma
mulher, foi um homem, o então presidente Lula. Ele percebeu que a mãe –
porque ele teve uma mãe especial – não abandona o filho, não abandona
neto, a mãe está grudada nos filhos”, lembrou.
Acompanhada de quatro das oito ministras
mulheres de seu governo, Dilma disse que um de seus primeiros
compromissos ao assumir a Presidência foi “honrar as mulheres” e
agradeceu pelo empenho das mulheres para a sua eleição. “Estou aqui não
por um milagre. Não estou aqui porque ocasionalmente passei por aqui e
aqui cheguei. Estou aqui porque milhões de brasileiras, de lideranças
como as mulheres camponesas, de mulheres que luta por este país,
construíram a possibilidade de eu estar aqui. Eu estou aqui porque vocês
estão aí”.
No discurso, Dilma citou os mecanismos
criados pelo governo para combater a violência contra as mulheres e
disse que esses instrumentos serão fortalecidos. “Sabemos que acabar com
a violência contra a mulher exige que estejamos atentas para reprimir
de forma dura e incansável a violência física. E exige também combater a
violência da exclusão, da desigualdade, da restrição e da perda de
autonomia das mulheres”.
Durante a cerimônia, a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) assinaram acordo para financiar cooperativas
agrícolas, principalmente comandadas por mulheres. Segundo Dilma, a
medida vai aumentar a autonomia das mulheres do campo.
De acordo com a organização do evento,
cerca de 3 mil mulheres camponesas de 23 estados, além de representantes
de entidades de mulheres de vários países participam do encontro. Na
agenda de debates estão temas como violência contra as mulheres e a
participação feminina na produção de alimentos. O encontro termina na
próxima quinta-feira (21).
Fonte: Agência Brasil
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