Nos dois primeiros anos do governo
Dilma, a renda média das pessoas ocupadas teve um aumento real de 2,9%
ao ano, mais que o dobro do verificado na era Lula (1,3% ao ano), de
acordo com dados do IBGE, compilados por Achados Econômicos. No total, a alta foi de 10,9% ao longo dos oito anos de Lula e de 5,8% nos dois primeiros de Dilma.
Somente em 2012, o ano do “pibinho”, em que o PIB cresceu 1% ou menos segundo estimativas,
o rendimento médio do brasileiro subiu 3,2% acima da inflação. Não foi
das maiores altas da última década, mas está acima da média.
Investimentos
É claro que a renda da população não é
consequência unicamente de decisões de um presidente. E é claro, também,
que muitos dos efeitos das medidas dos governos no mercado de trabalho
não são imediatos. Mas é igualmente verdadeiro que muitos eleitores
tendem a aprovar mais o governo de plantão (ou desaprovar menos) quando
estão com mais dinheiro no bolso, e a criticar mais quando estão com
menos.
Uma questão que permanece agora é se o
atual quadro do mercado de trabalho, com baixo desemprego e renda em
ascensão, é sustentável. A resposta deve vir nas próximas estatísticas
sobre os investimentos das empresas. Os números indicarão se os
empresários estão dispostos a colocar mais dinheiro na produção. No
terceiro trimestre do ano passado, o que ocorreu foi o inverso, uma
queda nos investimentos.
Preços
Alguns leitores deixaram comentários
sugerindo incluir nesta análise a alta dos preços. Explico que os
números citados até aqui, no texto e nos gráficos, já descontam a
inflação. Por exemplo, no primeiro gráfico, a barra da direita mostra um
aumento de 3,2%. Esse número se refere a quanto o rendimento subiu
acima da inflação. O chamado aumento nominal (sem descontar a inflação)
foi de 9,4%. A inflação pelo INPC (um dos índices oficiais) foi de 6,2%.
O aumento real, portanto, é aquele mostrado no gráfico, de 3,2%.
O outro gráfico segue a mesma lógica. Os
dados estão atualizados pelo INPC a preços de 2012. Na primeira barra,
por exemplo, está escrito que a renda média de dezembro de 2011, quando
corrigida pela inflação, equivale hoje a R$ 1.749. Em outras palavras, a
renda média naquela época (nominalmente de R$ 1.650) tinha um poder de
compra equivalente ao que hoje tem uma pessoa que ganha R$ 1.749.
Lembrando que aqui estamos trabalhando sempre com dados do IBGE.
Respondendo a questão de um leitor, a série histórica da pesquisa mensal
de emprego do instituto começa em março de 2002, por isso não há dados
de anos anteriores.
Fonte: Uol Notícias
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