quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

MPPE entra com ações civis contra o atual e o ex-prefeito de Buíque


O Ministério Público de Pernambuco entrou com duas ações civis públicas de improbidade administrativa contra o atual prefeito de Buíque, Jonas Camelo, e o ex-prefeito Arquimedes Guedes Valença. Eles descumpriram as suas obrigações de prestar informações ao MPPE e ao Tribunal de Contas do Estado. Entre as solicitações feitas pelos promotores de Justiça estão a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e a proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais por parte dos acusados.

No caso do atual prefeito, que foi notificado 13 vezes pelo TCE e 10 vezes pelo MPPE, o gestor deixou de prestar informações aos órgãos a respeito de dívidas municipais e não entrou com medidas judiciais para a quitação de dívidas decorrentes de decisões do TCE.

Todos os procedimentos, de acordo com a ação, somam mais de R$ 2 milhões que são passíveis de restituição aos cofres da cidade, cujo controle dos atos administrativos cabe ao TCE e ao MPPE, os quais tiveram seus trabalhos prejudicados pela falta de informações que deveriam ter sido dadas pelo gestor.

Já Arquimedes Guedes Valença, nos dois últimos anos de mandato, isto é, em 2007 e em 2008, não promoveu execução judicial em favor do município, causando prejuízo de R$ 5.155,01, quantia que foi ilicitamente incorporada ao patrimônio da pessoa que deveria restituí-la e não recuperada devido à omissão do ex-gestor. Apesar de ter recebido a certidão de débito das entidades, Arquimedes Valença não cumpriu seu dever. 

Desta forma, os promotores de Justiça requereram a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos, a proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica e o ressarcimento integral do dano causado tanto do atual quanto do antigo gestor do município do Agreste.

Os representantes do MPPE solicitaram ainda a indisponibilidade cautelar dos bens, direitos e valores de Arquimedes Guedes Valença no limite de R$ 5.155,01 para garantir o ressarcimento aos cofres municipais através do Sistema BacenJud para a indisponibilidade de quantias em dinheiro. Além disso,  os cartórios de registros imobiliários e o Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco devem ser notificados para que não seja realizado o fornecimento de imóveis e de veículos.

MPPE

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