O medo de denunciar o autor ou mandante contribui para as estatísticas negativas. Um deles é o caso do ator, Erthon Cabral, assassinado há onze meses em Caruaru.
A Polícia Civil está com dificuldades para concluir boa parte dos inquéritos por falta de informações de testemunhas, ou conhecidos das vítimas.O que é um inquérito: instrumento formal de investigações e compreende o conjunto de diligências. O inquérito é confeccionado pelo delegado de polícia e por agentes da autoridade policial.É a documentação das diligências efetuadas pela polícia judiciária, conjunto ordenado cronologicamente e autuado das peças que registram as investigações. É dever da autoridade policial proceder a tomada de algumas providências hábeis a apurar a infração penal.
Outra finalidade do inquérito policial é fornecer elementos probatórios ao juiz, de maneira a permitir a decretação da prisão cautelar, seja ela temporária, no curso do inquérito policial, de acordo com a lei n. 7.960, de 21 de dezembro de 1989, seja ela prisão preventiva, no curso do inquérito ou da instrução criminal, de acordo com o artigo 312 do código de processo penal.Ano passado a Delegacia Regional de Caruaru registrou 244 homicídios/ latrocínios nos cinco municípios da área de cobertura da delegacia.De acordo com o delegado seccional, Thiago Uchôa, foram 18 a menos que em 2011(7% de redução). Ainda de acordo com o delegado, desses 244 casos, a polícia conseguiu chegar a autoria em 125 casos, ou seja 51%.
Atualmente existem 119 casos ainda sem solução. Os autores desses crimes poderiam ter sido presos se a população colaborasse mais no momento em que as polícias chegam ao local onde foi encontrado o corpo.Não é raro as equipes chegarem ao local e diversas pessoas, até testemunhas oculares, omitirem informações fundamentais para a prisão do suspeito do crime.Muitas pessoas temem sofrer represálias. Entretanto, algumas pessoas esquecem que sem testemunha, sem a prova de que o suspeito praticou o crime, jamais a polícia civil conseguirá indiciar um suspeito, pedir a prisão e tirar de circulação quem praticou o crime.
De sexta a domingo, a Delegacia Seccional de Caruaru conta com uma equipe de policiais de plantão, chamada força tarefa, modelo importado da capital, onde um delegado e mais três agentes vão para o local de homicídio e procuram nas primeiras 24 horas colher todas as informações necessárias para se prender o suspeito ou chegar a uma linha de investigação que possa localizar o suspeito. Quanto mais informações forem colhidas logo após o crime, mais chances de sucesso terá a investigação.Existe uma lei federal, a lei 9807 de 1999, que traça políticas de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas. Por isso a polícia pede mais sensibilidade das pessoas que presenciarem um crime.Essas pessoas devem colaborar com as investigações contando aquilo que presenciaram. Uma simples informação pode ajudar bastante.Quem tiver alguma informação para a polícia a solucionar esse ou outros crimes, deve ligar o para o disque denuncia.
O telefone é: 3719-4545. Ou para a Polícia Militar, pelo 190. A denuncia também pode ser feita pela a internet, no disquedenúnciape.com.br
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