quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Artistas pernambucanos comentam o título concedido ao frevo

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Frevo agora é Patrimônio Imaterial da Humanidade, título dado pela Unesco
Foto: JC Imagem
O título concedido ao frevo nesta quarta-feira (5) animou os artistas pernambucanos que há muito tempo lutam para manter o ritmo vivo. Enquanto alguns não sabem o que ser "patrimônio imaterial da humanindade" pode trazer de bom para o ritmo ou a Pernambuco, os mais engajados elencam a decisão da Unesco como uma grande vitória cultural.

O cantor e compositor de frevos Claudionor Germano, que há mais de 60 anos difunde a cultura, comemorou o título internacional. Junto com o filho, Nonô Germano, o maestro Ademir Araújo e outros artistas da terra, Claudionor fará uma apresentação nesta quarta-feira, a partir das 17h, no Pátio de São Pedro, no bairro do Recife. Aberto ao público, o evento deve terminar por volta das 22h.


"Acho que demorou demais para esse título sair. O frevo é a música mais representativa da nossa região, não só de Pernambuco. A verdade é que o frevo precisa precisa ser executado durante todo o ano, não somente no carnaval", comentou Claudionor.

Já o maestro Duda, que há 70 anos se dedica ao frevo, acredita que não haverá muitas mudanças no que já é feito pelo ritmo, mas não desmerece o título recebido. "Foi a melhor coisa que poderia acontecer. É o reconhecimento do que Pernambuco tem de melhor. Mas acredito que os políticos precisam investir mais no frevo"


O maestro reclamou, por exemplo, de que a comitiva que representava o frevo em Paris levou apenas alguns músicos para tocar o ritmo. "Deveria ter levado uma orquestra de peso e não meia dúzia de gatos pintados", rebateu.

Para o jornalista, cronista e crítico musical José Teles, o título traz para o frevo uma maior visibilidade. Segundo ele, o ritmo é pouco conhecido nacionalmente e, a partir desse novo título, deve ser mais popularizado ganhando, inclusive, mais investimentos de patrocinadores. "Na prática, o que acontece é o Governo do Estado terá que cuidar mais, com mais atenção a esse ritmo. Vamos ver se isso vai passar do oba oba e se o incentivo vai ser levado à frente", opiniou.


Do NE10

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