Frevo agora é Patrimônio Imaterial da Humanidade, título dado pela Unesco
Foto: JC Imagem
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O cantor e compositor de frevos Claudionor Germano, que há mais de 60 anos difunde a cultura, comemorou o título internacional. Junto com o filho, Nonô Germano, o maestro Ademir Araújo e outros artistas da terra, Claudionor fará uma apresentação nesta quarta-feira, a partir das 17h, no Pátio de São Pedro, no bairro do Recife. Aberto ao público, o evento deve terminar por volta das 22h.
"Acho que demorou demais para esse título sair. O frevo é a música mais representativa da nossa região, não só de Pernambuco. A verdade é que o frevo precisa precisa ser executado durante todo o ano, não somente no carnaval", comentou Claudionor.
Já o maestro Duda, que há 70 anos se dedica ao frevo, acredita que não haverá muitas mudanças no que já é feito pelo ritmo, mas não desmerece o título recebido. "Foi a melhor coisa que poderia acontecer. É o reconhecimento do que Pernambuco tem de melhor. Mas acredito que os políticos precisam investir mais no frevo"
O maestro reclamou, por exemplo, de que a comitiva que representava o frevo em Paris levou apenas alguns músicos para tocar o ritmo. "Deveria ter levado uma orquestra de peso e não meia dúzia de gatos pintados", rebateu.
Para o jornalista, cronista e crítico musical José Teles, o título traz para o frevo uma maior visibilidade. Segundo ele, o ritmo é pouco conhecido nacionalmente e, a partir desse novo título, deve ser mais popularizado ganhando, inclusive, mais investimentos de patrocinadores. "Na prática, o que acontece é o Governo do Estado terá que cuidar mais, com mais atenção a esse ritmo. Vamos ver se isso vai passar do oba oba e se o incentivo vai ser levado à frente", opiniou.
Do NE10
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