sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Padres gays, orgias e filhos clandestinos são parte da rotina do Vaticano, descreve jornalista italiano em livro


Os dois acompanhantes lhe homenageiam, espremendo-o no meio, em um sanduíche. Envolvem-no em uma dança muito sensual. Esfregam-se, rodeiam, esmagam-se, abrem a sua camisa, o acariciam, tocam nele. Dirty dancing a três em uma variação homossexual. O grupo olha para eles de cima a baixo. Apreciam. Aplaudem. Incitam. Assobiam. Cutucam. O francês [no meio dos acompanhantes] é um padre. Poucos dias antes havia celebrado a missa da manhã na basílica de São Pedro. No Vaticano."A cena é de uma festa em Roma, uma entre as muitas nas qual padres, bispos e cardeais exercem a sexualidade que as regras da sua própria Igreja Católica restringem e condenam, de acordo com a descrição feita pelo jornalista italiano Carmelo Abbate em seu novo livro, "Sex and the Vatican -  viaggio segreto nel regno dei casti" (em tradução livre, "Sexo e o Vaticano - viagem secreta no reino dos castos").
O fenômeno da sexualidade na Igreja Católica, segundo o autor, é gigantesco e complexo. Fazem parte deste mundo os padres gays que optam por uma vida dupla; os sacerdotes que se relacionam com mulheres clandestinamente; e mesmo os filhos desses relacionamentos, que são abortados, escondidos ou privados de um pai pela vida inteira, para que se evite escândalos.“Entre os sacerdotes que não respeitam a castidade, há muitos que têm uma verdadeira vida paralela, uma companhia fixa com a qual não apenas fazem sexo, mas com quem vivem uma vida escondida, como marido e mulher", afirmou Abbate, em uma entrevista exclusiva ao UOL Notícias.
O jornalista conta que a investigação, nascida de uma reportagem publicada na revista italiana "Panorama", terminou como um extenso mergulho nesse mundo, munido de uma câmera escondida para garantir "provas sobre aquilo que iria contar".E apesar de ter seu foco em Roma, Abbate garante que o cenário que ele descreve não está restrito ao núcleo do Vaticano. "Da Alemanha à França, da Espanha à Irlanda, da Suíça à Áustria, da Polônia à África, da América Latina aos Estados Unidos e ao Canadá. Acontece a mesma coisa em toda parte do mundo", afirma.
Procurada pela reportagem, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que não tinha conhecimento do livro e por isso não poderia comentar os temas citados.
DA UOL NOTICIAS INTERNACIONAIS

0 comentários: