Há cerca de um ano, um grupo de quatro militares do Corpo de
Bombeiros começou um projeto de formação de Brigadas de Emergência Escolar (BEE),
voltado para alunos de escolas públicas de Pernambuco. No final do dia desta
sexta-feira (23), a equipe formará a décima BEE, que estará pronta para agir
corretamente em casos de emergência. A iniciativa está dando frutos e os
brigadistas já contribuem para prevenir acidentes.
"Não estamos formando novos bombeiros, o foco do nosso trabalho é massificar a prevenção", esclarece o Tenente Weber, que comanda o curso com a ajuda dos soldados Welington, Gondin e Janaína. A Escola Estadual Sylvio Rabelo, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife, é a décima instituição por onde os quatro já passaram dando aulas de primeiros socorros, combate a incêndio e evacuação de prédio.
Um dos frutos do curso foi Lucas Monteiro, de 15 anos, aluno da primeira brigada, correspondente à turma da Erem Nóbrega, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. No início de novembro, ele evitou um incêndio na casa de um vizinho que, embriagado, deixou uma panela pegar fogo e acabou desmaiando com a fumaça.
"Ele fez tudo direito. Abriu as janelas para sair a fumaça, abafou o fogo com toalhas molhadas e reanimou o rapaz", conta a mãe de Lucas, Lucemi Guaraná, comerciante de 37 anos. Quando os bombeiros chegaram, a situação já estava controlada e os próprios militares ficaram impressionados com o resultado das aulas.
O curso dura três dias, com conteúdo teórico pela manhã e aulas práticas à tarde, que acontecem sempre em um espaço da escola que está recebendo os bombeiros. Como o projeto não tem o apoio da Secretaria Estadual de Educação, é também a instituição de ensino quem arca com os materiais utilizados (como extintores de incêndio e botijões de gás) e o transporte dos alunos para a cerimônia de formatura.
Foto: Luiza Freitas/ NE10- Do NE10
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