segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PE e mais cinco estados são alvo de operação para desarticular organizações criminosas

 
Pernambuco é um dos cinco estados alvo da operação Durkheim, deflagrada hoje pela Polícia Federal para desarticular duas organizações criminosas: uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional.
Trinta e três pessoas foram presas e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pernambuco, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Pará e no Rio de Janeiro.

Um balanço da operação será apresentado esta  tarde na Superintendência da PF em São Paulo. Sessenta e sete pessoas serão indiciadas. Os investigados responderão, na medida de suas ações, pelos crimes de divulgação de segredo, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, realizar interceptação telefônica clandestina, quebra de sigilo bancário, formação de quadrilha, realização de atividade de câmbio sem autorização do Banco Central do Brasil, evasão de divisa e lavagem de dinheiro, com penas de um a 12 anos de prisão.

A operação foi batizada de Durkheim, intelectual francês autor do livro “O Suicídio” em alusão ao início do processo policial. De acordo com a PF, o inquérito policial foi aberto em 2009, durante a investigação do suicídio de um policial federal na cidade de Campinas.

O crime apontou a possível utilização de informações sigilosas obtidas em operações policiais para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. No decorrer do inquérito, foram identificadas duas organizações criminosas atuando em paralelo e de modo independente. As duas tinham como elo uma pessoa investigada, que atuava com os dois grupos criminosos. As evidências apontaram para uma grande rede de espionagem ilegal, formada por vendedores de informações sigilosas que se apresentavam ao mercado como detetives particulares, e ainda por seus fornecedores, pessoas com acesso aos bancos de dados sigilosos, como funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos.

Entre as vítimas há políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco. Já a outra organização tinha como atividade principal a remessa de dinheiro ao exterior por meio de atividades de câmbio sem autorização do Banco Central.

Itapuama FM

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