Dados do órgão indicam que cerca de 10
milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de disfunção renal. A taxa
de prevalência é 50 casos para cada 100 mil habitantes. Em entrevista à Agência Brasil,
o presidente da sociedade, Daniel Rinaldi, destacou que sem um
diagnóstico preciso, a maioria dos pacientes morre sem sequer ter acesso
à diálise (principal tratamento para a doença em estágio avançado).
“Nossa intenção é alertar esses grupos
de risco para que possam perguntar ao médico como está a função dos seus
rins. Temos dois exames extremamente simples e baratos para
diagnosticar precocemente a doença renal – a creatinina no sangue e o
exame de urina para detectar perda de sangue e albumina [um tipo de
proteína]”, explicou.
Rinaldi lembrou que o diagnóstico
precoce pode conter o avanço da doença renal crônica. Dessa forma,
pacientes que sofrem de diabetes, por exemplo, não precisam se submeter à
diálise, mas controlar a alimentação, enquanto pessoas com pressão alta
devem reduzir a ingestão de sal e ingerir bastante líquido.
“Esses exames têm que fazer parte do check up.
Todo mundo conhece seu colesterol e sua glicemia, mas quase ninguém
sabe como está a sua creatinina”, disse. A estimativa da sociedade é que
mais de 35 milhões de brasileiros sejam hipertensos e que 8 milhões
sejam diabéticos.
Os números mostram ainda que em torno de
100 mil brasileiros fazem diálise no país atualmente. A taxa de
internação hospitalar para esse tipo de serviço é 4,6% ao mês. Mais de
70% dos pacientes que iniciam o tratamento descobrem a doença quando os
rins já estão gravemente comprometidos. A taxa de mortalidade entre eles
aumentou 38% na última década.
Fonte: Agência Brasil
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