Os líderes convidaram Feliciano para a
reunião a fim de tentar convencê-lo a renunciar à presidência da
comissão, em razão das manifestações de protesto pelo país, motivadas
por declarações do deputado consideradas homofóbicas e racistas.
Feliciano aceitou somente reabrir para o
público as sessões da comissão, fechadas após aprovação de requerimento
de autoria do próprio deputado. O argumento usado para restringir o
acesso às reuniões tinham sido os tumultos provocados pela presença nas
sessões de manifestantes pró e contra o deputado.
“Amanhã
[quarta], nós vamos reabrir a sessão. Sessão aberta. Se houver
manifestação, vamos ao artigo 272 do regimento”, afirmou Feliciano. O
artigo citado pelo deputado diz que cabe ao presidente de comissão zelar
pela “ordem” das reuniões do colegiado.
Indagado sobre a decisão de não
renunciar, o parlamentar do PSC afirmou: “Eu fico. Eu fui eleito
democraticamente. Me dêem uma chance de trabalhar.”
De acordo com o blog do jornalista
Gerson Camarotti, na reunião, Feliciano reagiu ao apelo dos líderes
dizendo que só renunciaria se os deputados João Paulo Cinha (PT-SP) e
José Genoino (PT-SP), condenados pelo Supremo Tribunal Federal no
julgamento do mensalão, também renunciassem aos postos que ocupam na
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Feliciano afirmou que tem tentado viver
“um dia de cada vez” e que perdeu muito peso desde que assumiu o posto
de presidente da Comissão de Direitos Humanos.
“Eu estou tentando viver. Cada dia é um
dia. Estou com seis quilos a menos. Olha como eu estou. Quero uma chance
de trabalhar”, disse.
Fonte: G1
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