quinta-feira, 14 de março de 2013

Em Olinda, Dom Fernando diz que ficou surpreso com escolha de cardeal argentino

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Dom Fernando Saburido, durante entrevista para a imprensa
Foto: Marília Banholzer/NE10
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, disse, durante pronunciamento na tarde desta quarta-feira (13), na Igreja Catedral, no alto da Sé, em Olinda, que ficou surpreso com a escolha de um cardeal argentino como o novo papa da Igreja Católica. "Foi uma grande surpresa para mim. É a primeira vez que elegem um papa da América Latina. Achei uma coisa muito boa para nós", comentou. Na conversa com a imprensa, o religioso também elogiou o papa Francisco I e disse acreditar que o novo pontífice trará renovação à Igreja, com simplicidade, numa vez que o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio é um homem de hábitos simples. "São padres especializados culturalmente, são pessoas de muita convicção espiritual, então eu acho que vai ser, realmente, um sinal de Deus em nossas vidas", disse Dom Fernando.

Sobre o sentimento que ficou após tanta expectativa de ser um papa brasileiro, já que Dom Odilo Schrer era o segundo mais bem cotado entre os cardeais, Dom Fernando riu e assumiu que era uma pena não ser um compatriota. "A gente lamente, seria muito bom que fosse brasileiro. Mas,Deus não quis assim, então, bendito quem vem em nome do Senhor", ressaltou. Mas, fugindo da rixa entre Brasil e Argentina, o arcebispo de Olinda e Recife completou: "Eu já disse que não interessa a nação, a cor, ou a cultura. Interessa que seja alguém que corresponda aos anseios da Igreja nos tempos atuais".


Sobre os desafios que o papa Francisco I vai enfrentar ao assumir o principal cargo da Igreja Católica, Dom Fernando alertou para os problemas que a mídia internacional já vem apontando, como questões éticas, problemas de organização da própria Igreja e até mesmo político-econômico. "A gente vai ter uma visão real do papa Francisco I a partir de agora quando ele começar a formar as comissões que estão mais próximas dele nesse momento".

Perguntado sobre os desafios que o papa Francisco I vai enfrentar ao assumir o principal cargo da Igreja Católica, Dom Fernando alertou para os problemas que a mídia internacional já vem apontando, como questões éticas, problemas de organização da própria Igreja e até mesmo político-econômico. "A gente vai ter uma visão real do papa Francisco I a partir de agora quando ele começar a formar as comissões que estão mais próximas dele nesse momento".

Outra questão levantada durante a coversa com a imprensa foi a idade do novo papa. O argentino Jorge Mario Bergoglio tem 76 anos, apenas dois a menos do que o seu antecessor, Bento 16. Ao responder se acredita que o papa Francisco I vai seguir o mesmo caminho de renunciar com pouco tempo de papado Dom Fernando foi pragmático: "Eu acho qeu é um papa de transição, pela idade dele próprio não vai demora muito tempo, é possível sim [que ele renuncie com pouco tempo] mas não é possível prever. Se os cardeais escolheram ele é porque ele está bem de saúde".

SÃO FRANCISCO - O nome escolhido pelo argentino Jorge Mario Bergoglio está relacionado ao santo São Francisco, que é conhecido por ser um homem dispojado, pobre, e que chegou a se tornar um mendigo. Por causa desse histórico, Dom Fernando Saburido acredita que ele irá mudar alguns dogmas da Igreja, como o da ostentação do luxo.  "Espero que ele seja um papa voltado para o povo", disse o arcebidpo de Olinda e Recife.

JESUÍTAS - A congressão dos jesuítas é conhecida principalmente por seu trabalho missionário e educacional. Atualmente os Jesuítas formam a maior ordem religiosa da Igreja Católica. Conta com 19.216 membros espalhados por 112 países em 6 continentes. De acordo com o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, por causa de sua doutrina mais voltada para a educação, poucos padres jesuítas optam por assumirem altos cargos na Igreja Católica. "É difícil ter um bispo jesuíta, quem dirá um papa", comentou Dom Fernando.


Marília Banholzer
Do NE10

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