Embora seja uma obra privada, a
Transnordestina nasceu como um projeto para ser executado pelo governo
federal. Sem verbas e enrolada na burocracia, a obra nunca saiu do papel
e foi repassada como uma missão à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
do empresário Benjamin Steinbruch. Ele já tinha a concessão de uma
ferrovia no Nordeste e o direito de operar a nova Transnordestina.
A estrada de ferro começa no sertão do
Piauí e seus 1.728 km de trilhos passarão por cerca de 80 cidades em
três Estados, até chegar aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). Foi
desenhada para escoar a produção de novas fronteiras agrícolas da região
e incentivar investimentos no semiárido, como exploração de ferro e
gesso.
No início, as obras atrasaram por
dificuldades nas desapropriações - que eram responsabilidade dos Estados
- e porque as liberações de verbas do governo foram feitas de forma
irregular, ditando o ritmo da construção. E o custo do empreendimento
estourou porque o orçamento foi feito com base em avaliações irrealistas
desde o começo.
O acerto entre o governo e a CSN prevê
ainda um novo cronograma para entrega da obra: dezembro de 2015, segundo
o Ministério dos Transportes, que liderou a negociação. Outra
reivindicação da CSN foi a extensão do tempo de concessão da
Transnordestina por mais 30 anos, a partir de 2027, quando vence o prazo
original. O contrato está valendo desde 1997 e, por causa dos atrasos, a
empresa já perdeu 16 anos de concessão sem explorar a nova ferrovia.
Para destravar de uma vez o acordo, a ANTT assinou com a CSN um aditivo ao contrato de que permitiu a renegociação de R$ 6 milhões em multas pelo descumprimento de obrigações contratuais. Os débitos foram parcelados e os compromissos pendentes ganharam novos prazos. Outra mudança para melhorar a operação foi a cisão das concessões, com a criação de duas empresas. Uma ficará com a malha existente e a outra com os 1.728 km da Nova Transnordestina. As dívidas serão separadas e os acionistas, como Valec e BNDES, terão as participações elevadas.
Para destravar de uma vez o acordo, a ANTT assinou com a CSN um aditivo ao contrato de que permitiu a renegociação de R$ 6 milhões em multas pelo descumprimento de obrigações contratuais. Os débitos foram parcelados e os compromissos pendentes ganharam novos prazos. Outra mudança para melhorar a operação foi a cisão das concessões, com a criação de duas empresas. Uma ficará com a malha existente e a outra com os 1.728 km da Nova Transnordestina. As dívidas serão separadas e os acionistas, como Valec e BNDES, terão as participações elevadas.
Com as mudanças, a ferrovia ganha uma
nova chance para se tornar realidade. Ainda assim, se tudo der certo,
ela será entregue com cinco anos de atraso e pelo dobro do preço.
Fonte: Agência Estado
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