Bruno volta a trabalhar em presídio e quer dar seu nome a marca de vassouras

Recuperado do desmaio que sofreu por combinar dois antidepressivos e livre da punição imposta pela diretoria do presídio, o goleiro Bruno Fernandes volta a trabalhar nesta sexta-feira (24) na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.

O goleiro tem agora a tarefa de produzir vassouras ecológicas para uso interno na unidade prisional. Depois da experiência na limpeza e na lavanderia, o goleiro vai usar a fabricação de vassouras para ajudar a reduzir o tempo na cadeia. Sem receber o salário mínimo destinado a outros presos, Bruno poderá retirar um dia de pena a cada três trabalhados.

Além disso, Bruno volta para a sala de aula. Ele tenta concluir o ensino médio e vai contar com a ajuda dos professores do sistema prisional para se formar.

O advogado Lúcio Adolfo da Silva tenta conseguir autorização da Subsecretaria de Administração Prisional para que os produtos sejam vendidos no mercado. O dinheiro seria dividido entre Bruno e outros detentos que ajudassem na fabricação.

— Dei o nome de “Vassouras Bruno”. É uma brincadeira que fiz, mas a intenção é essa. Conseguir que as vassouras sejam vendidas para ajudar a criar os filhos dele. Acho que é possível, porque presos podem vender artesanato. Vai depender da autorização do presídio.

A Suapi afirma que as vassouras são destinadas a uso interno e que nenhum pedido para comercialização foi feito. O expediente começa às 8h30 e termina às 15h30, com intervalo para almoço.

Bruno foi punido por discutir com um preso e um agente penitenciário. Durante um mês, o atleta não pôde trabalhar, receber visitas ou tomar banho de sol. Neste fim de semana, as visitas são retomadas.

Fonte: R7