quinta-feira, 20 de junho de 2013

Jogador da Itália diz que achou Brasil “muito pobre” e que protestos podem ajudar

O meia-atacante italiano Giaccherini, da Juventus, foi questionado na noite desta quarta-feira sobre os protestos que estão ocorrendo em todo o Brasil e não fugiu da pergunta.

O jogador afirmou ter acompanhado tudo pela TV e disse acreditar que eles podem ajudar a melhorar o país, já que achou o Brasil “muito pobre”.

“Vi ontem pela TV os (protestos) que estavam ocorrendo em São Paulo. O que vi no Brasil é que é um país pobre, muito pobre, e que está procurando por essas manifestações encontrar soluções”, disse na zona mista após a vitória sobre o Japão.

“Espero que as manifestações deem a possibilidade de o Brasil melhorar”, continuou.
Giaccherini passou por Rio de Janeiro e Recife até agora no giro pelo Brasil pela Copa das Confederações.

Na terça, o técnico da seleção da Itália, Cesare Prandelli, já havia comentado os protestos ao dizer que não tem preocupação com segurança porque é algo normal e que ocorre também na Europa.
Nesta quarta, a Itália venceu o Japão por 4 a 3 e garantiu classificação para as semifinais da Copa das Confederações. No sábado, enfrenta o Brasil em confronto que decide o primeiro colocado do grupo A, o mesmo do Brasil.

Fonte: Uol Notícias

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ROMA - O Estado de S.Paulo
Milhões de italianos não conseguem mais pagar a calefação dos seus lares nem comer carne. O número de pessoas consideradas gravemente carentes dobrou nos últimos dois anos, num reflexo da recessão e do desemprego que assolam o país, segundo relatório anual do Instituto Nacional de Estatística (Istat).

A Itália é o país europeu onde maior parcela de jovens não estuda nem trabalha (23,9%), segundo o relatório. No sul, região mais pobre do país, um em cada três italianos de 15 a 29 anos se enquadra nesse grupo.

O número de pessoas vivendo em famílias consideradas seriamente carentes dobrou nos últimos dois anos, chegando a 8,6 milhões, 14% da população.

Famílias que se enquadram em mais de quatro entre nove indicadores de pobreza são consideradas seriamente carentes. Isso inclui não poder pagar a calefação, o que atingiu um quinto das pessoas em 2012, o dobro do que era em 2010.

O porcentual de italianos em famílias que não têm condições de fazer uma refeição rica em proteínas (como carne) a cada dois dias subiu de 6,7% em 2010 para 16,6%. Mais de 50% foram incapazes de viajar por pelo menos uma semana nas férias no último ano, disse o Istat.

Cerca de 14,9 milhões de pessoas, ou um quarto dos 61 milhões de italianos, vivem em famílias que preenchem três dos critérios de pobreza do Istat. Só 57,6% dos jovens formados nos últimos três anos estão empregados, o que é abaixo da média europeia, de 77,2%.

O poder de compra dos italianos caiu 4,8% em 2012, um declínio causado por agressivos aumentos de impostos destinados a fortalecer as finanças públicas, e após quatro anos de reduções menores. O índice de poupança dos italianos, tradicionalmente alto, já está abaixo da França e Alemanha.

Empregos. Ainda ontem, o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, ressaltou que os empregos importam mais que a renda neste momento, na Itália e em outros países europeus. Ele elogiou o fato de a maior parte da reunião de cúpula da União Europeia, em junho, destinada à discussão de questões tributárias e de energia, será tomada pelo desemprego entre jovens. Serão discutidas as altas taxas de desemprego entre os que têm menos de 30 anos. Letta disse que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, propôs reunião em julho entre ministros do Trabalho da Europa para discutir o assunto. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS