quinta-feira, 20 de junho de 2013

SDS monitora pessoas infiltradas em protesto

 / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, alertou que a cúpula da pasta recebeu informes extraoficiais de que pessoas teriam sido contratadas para se infiltrarem ao movimento e promoverem baderna durante a passeata marcada para hoje. O chefe da segurança pública no Estado pede que os manifestantes fiquem atentos a grupos cuja atuação destoe do caráter pacífico pretendido e denunciem qualquer sinal de desordem.

O objetivo da Secretaria de Defesa Social (SDS) é evitar que ocorram cenas como as protagonizadas na noite de anteontem em São Paulo, onde 63 pessoas foram presas e 18 lojas e seis agências bancárias foram depredadas. “Temos notícias relativas à infiltração de pessoas inescrupulosas financiadas por outras para tumultuar. A secretaria está engajada para dar toda a segurança aos manifestantes, que estão promovendo um ato legítimo, mas se bandidos estiverem infiltrados nós teremos que agir”, afirmou.

Indagado sobre quem poderia contratar pessoas para desvirtuar os rumos do movimento e que interesses estariam por trás disso, Damázio disse não saber e garantiu que o caso está sendo investigado. “A notícia que chegou é que essas pessoas estariam a soldo de alguém. Então, é nosso dever prendê-las para manter o protesto pacífico, ordeiro e justo”, observou.

O secretário pede que quem tiver informações ligue para o Disque-Denúncia através do telefone 3421-9595 ou para a Polícia Militar e as delegacias. “Não podemos permitir que criminosos se aproveitem do protesto para fazer saques, depredar ônibus ou quebrar cabines da Polícia Militar”, frisou.

POLICIAMENTO - Wilson Damázio não adiantou o efetivo que será mobilizado para acompanhar a manifestação no Recife. “É informação estratégica.” Adiantou apenas que o contingente utilizado será composto pelo policiamento ordinário, como Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), Polícia Comunitária e os batalhões de área da Polícia Militar.

O gestor da SDS acrescentou que o Batalhão de Choque (BPChoque) não será escalado para atuar na rua. A unidade, segundo ele, ficará aquartelada e só será acionada caso haja episódios violentos. A mesma tática será adotada para o Regimento de Cavalaria e para a Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe).

“O Choque só entra quando tem bagunça e confusão. O mesmo vale para a Cavalaria e o Cioe. Quem vai garantir a segurança da manifestação é o policiamento normal de rua”, informou. O BPChoque tem um histórico de inconvenientes com movimentos ocorridos no Recife.

Damázio afirmou que, em princípio, as tropas não lançarão mão de balas de borracha, sprays de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. O apelo das autoridades de segurança pública é para que os manifestantes protestem de maneira pacífica, para evitar problemas. “Pedimos que a coisa seja tranquila e correta, para que tudo caminhe dentro da normalidade”, orientou.

Wagner Sarmento e João Carvalho 

Jornal do Commercio

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