
“A seleção é do povo, nós somos do povo,
e acho que estamos dando aos torcedores o que eles mais querem de nós
na seleção: que o time vá crescendo, que vá empolgando e possa
representar o Brasil. Esse é o nosso trabalho e é isso que estamos
fazendo. Não temos interferência nas outras áreas”, acredita Felipão,
separando o lado esportivo da seleção do relacionado ao Brasil como
organizador da Copa das Confederações e da Copa de 2014.
O técnico ainda foi político ao dizer
que é “comum e normal numa democracia” que o governo ou os organizadores
dos grandes eventos aceitem as manifestações. Ele disse torcer, porém,
para que os protestos sejam pacíficos. E, disposto a novamente ter a
seleção apoiada pela grande maioria dos brasileiros, o treinador admite
que hoje vive um processo de reconquista dos torcedores, pois a seleção
ainda luta para provar que merece a confiança e o apoio de tempos atrás.
“Nós estamos tentando nos aproximar para
que realmente tenhamos um ambiente de seleção e uma relação muito
estreita”, disse, para mais tarde enfatizar: “Temos que compor uma
situação em que todos fiquem razoavelmente satisfeitos. Não tem nenhuma
seleção que abre treino o tempo todo, a nossa abre”.
Já ao falar sobre o clima do jogo entre
Brasil e México, o treinador disse esperar encontrar o mesmo “ambiente
cordial e espetacular” entre os torcedores que viu na partida entre
México e Portugal, na primeira fase da Copa de 2006, em Gelsenkirchen,
na Alemanha, quando então comandava a seleção portuguesa.
Apesar disso, torcedores já programaram
um protesto dentro da Arena Castelão nesta quarta, quando prometem
cantar o Hino Nacional de costas para o campo de jogo e exibir cartazes
contra a corrupção no Brasil. Antes disso, a partir das 10 horas da
manhã, eles farão uma manifestação nas proximidades do estádio em um ato
do movimento intitulado “Mais Pão, Menos Circo”.
Fonte: Estadão
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