O software, disponível
gratuitamente para as secretarias de Saúde esta semana vai reunir o
histórico do paciente e do tratamento. “É um acompanhamento em tempo
real do que acontece nos serviços de saúde”, explicou o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha. “[Isso] inaugura uma nova etapa no tratamento
do câncer no país”, completou.
A previsão do governo é que, a partir de
agosto, todos os registros de novos casos de câncer no país sejam
feitos pelo Siscan. Segundo Padilha, estados e municípios que não
implantarem o sistema até o fim do ano terão suspensos os repasses
feitos para atendimento oncológico.
Outra medida anunciada trata da
realização de visitas a hospitais que atendem via Sistema Único de Saúde
(SUS) para avaliar as condições de funcionamento e a capacidade de
ofertar atendimento oncológico com agilidade. Uma comissão de
monitoramento e avaliação, de caráter permanente, deverá acompanhar o
processo de implantação do Siscan e a execução de planos regionais de
oncologia.
Por fim, o ministério informou que as
unidades de Saúde que ofertam serviços de radioterapia serão estimuladas
a adotar um terceiro turno de funcionamento, uma vez que o atendimento
costuma ser feito apenas pela manhã e pela tarde. De acordo com o
ministério, até o momento, 93 serviços demonstraram interesse em
expandir o horário de funcionamento. Outra opção considerada pelo
governo é a contratação de hospitais da rede privada para prestação de
serviços ao SUS.
Dados do Instituto Nacional do Câncer
(Inca) indicam que aproximadamente 518 mil novos casos da doença devem
ser registrados no Brasil este ano. A previsão é que 60.180 homens
tenham câncer da próstata e 52,6 mil mulheres sejam diagnosticadas com
câncer da mama.
Em 2010, o país registrou 179 mil mortes
em decorrência da doença. O câncer dos brônquios e do pulmão foi o tipo
que mais matou (21.779), seguido do câncer do estômago (13.402), de
próstata (12.778), de mama (12.853) e de cólon (8.385).
Fonte: Agência Brasil
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