Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, diz que a
infraestrutura hospitalar de Pernambuco é o diferencial no Nordeste.
Compara com o pólo médico de Goiás, que atrai usuários de toda a região
Centro-Oeste. O executivo aponta o crescimento da economia pernambucana
como fundamental para a comercialização de novos planos de saúde
coletivos e individuais.
Mesmo com o crescimento três vezes maior da comercialização de planos de saúde em 2012, o Nordeste ainda tem baixa cobertura assistencial: de 12,1% contra 24,7% da média nacional. A expectativa de Carneiro é que essa diferença seja reduzida em pouco tempo, diante do potencial econômico da região. “A expansão do mercado formal de trabalho e do número de empregos justificam a expansão do número de beneficiários”, reforça.
As empresas de medicina de grupo representam o segmento com maior penetração no mercado nordestino. Para Flávio Wanderley, presidente regional da Abramge, o resultado do estudo anima as operadoras a atuarem na região. “Espelha um filão de mercado que precisa ser explorado e que vai agregar mais e melhores serviços de saúde”.
O estudo do IESS tem como base o último boletim estatístico do setor de saúde suplementar divulgado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em 2012, o número de usuários de planos de saúde no país totalizou 47,9 milhões. O crescimento de 2,1% foi menor do que em 2011 (3,6%) e 2010 (6,9%). De acordo com o superintendente-executivo do IESS, o comportamento se deve à desaceleração da criação de empregos formais no último trimestre de 2012.
Um dado preocupante é o aumento da sinistralidade dos planos de saúde. O uso maior dos serviços de saúde pelos usuários – cuja taxa foi de 85% – é a maior dos últimos 12 anos. “Esse índice é preocupante porque só sobram 15% para as operadoras pagaram as despesas administrativas e os tributos”, comenta o executivo do IESS.
Fonte: Diario de PE
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