— Se não houver uma ajuda médica para
diagnosticar a causa, a pessoa corre o risco de dormir mal para o resto
da vida e desencadear outras doenças.
De acordo com dados da mais recente
pesquisa realizada pelo instituto, só em São Paulo (maior capital do
País) 46,5% das pessoas têm dificuldade para adormecer e quase 30%
consomem medicamentos para induzir o sono.
Além da ansiedade e da depressão,
problemas comuns no Brasil, a má qualidade do sono também aumenta com os
fatores emocionais, como estresse e luto.
— Pacientes que têm doenças na próstata,
apneia do sono (sono fragmentado e com baixa oxigenação), problemas
cardíacos, dores crônicas, como dor na coluna, na cabeça, hérnia de
disco e síndrome das pernas inquietas, também podem apresentar o quadro
de insônia agravado.
No caso das mulheres é ainda pior, já
que elas sofrem com alterações hormonais da menopausa, bem como durante a
gestação, conforme afirma a neurofisiologista Rosa Hasan, do Instituto
de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São
Paulo).
— Nesses tempos modernos, o sexo femino apresenta maior vulnerabilidade e sobrecarga nos deveres.
Insônia pode provocar mais doenças
Com a falta de sono ou a má qualidade de
horas dormidas, aqueles que sofrem deste transtorno ainda costumam se
queixar de cansaço, dores no corpo, olhos avermelhados e sensação de
fadiga. Com o tempo, apresentam um baixo rendimento nas atividades do
dia a dia (trabalho, escola, faculdade), déficit de memória e alterações
cognitivas. Ao se tornar crônica, ela pode trazer doenças mais graves,
atingindo até o sistema cardiovascular e o metabolismo.
— Se o problema persistir, a pessoa pode
vir a ter diabetes, hipertensão, aumento da pressão arterial e, até
mesmo, AVC (Acidente Vascular Cerebral). Além disso, o sistema
imunológico também é prejudicado, diminuindo a defesa do corpo contra
infecções, a resposta de vacinas e, até mesmo, contra as células
cancerosas.
Tratamentos
Segundo Anna, para curar a insônia, em primeiro lugar, é necessário tratar a causa do problema.
— Se o paciente sofre de apneia, por
exemplo, o médico irá tratá-la para saber se essa era a causa da
insônia. Agora, se for outra doença crônica, os tratamentos irão
amenizar os sintomas e ajudar a melhorar a qualidade do sono.
Além disso, o transtorno pode surgir
mesmo que a pessoa não tenha nenhuma doença. Nestes casos, é recomendado
o uso de medicamentos, como antidepressivos para induzir ou manter o
sono, e ajuda psicológica.
— Dependendo do grau em que a insônia se encontra, são prescritas somente intervenções psicológicas.
Fonte: R7
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