Os dados apontam que a condicionalidade
do Bolsa Família de determinar que as crianças estejam com o cartão de
vacinação em dia foi um ponto importante, já que aumentou a cobertura de
imunização contra doenças como sarampo e pólio. O aumento da renda das
famílias beneficiadas, que ampliaram o acesso a alimentos e bens
relacionados à saúde, também é citado. Esses fatores foram destacados
pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello.
“O Bolsa Família melhorou a alimentação
das mães. Os estudos mostram que as família se dedicam a comprar comida
com esses recursos e isso já é um elemento de alteração do padrão de
vida da criança. Ter acompanhamento pré-natal também contribui muito
porque a criança já é cuidada antes mesmo de nascer”, disse.
A pesquisa aponta que o Programa Saúde
da Família, que oferece atenção básica à saúde, teve papel na redução da
mortalidade causada por doenças como diarreia e infecções
respiratórias. A redução no número de grávidas que davam à luz sem
receber atendimento pré-natal também foi registrada pela pesquisa.
“Os dois programas se complementam para
evitar o adoecimento das crianças na primeira infância. É importante
observar como uma pequena quantia de dinheiro
pode ter tamanho benefício em relação à mortalidade infantil”, avaliou
Maurício Barreto, mestre em saúde comunitária e titular em epidemiologia
do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
A pesquisa foi conduzida pelo mestre em
saúde comunitária da UFBA, Davide Rasella, com a participação de
pesquisadores da instituição. Os resultados foram publicados pela
revista The Lancet, periódico científico da área de saúde, com sede no Reino Unido.
Fonte: Uol Notícias
0 comentários:
Postar um comentário