A situação da banda de música de Pesqueira está deixando muitos cidadãos preocupados. Saliente-se, a bem da verdade, que o problema vem se arrastando por quase duas décadas e já escrevi outras vezes sobre o assunto.
O artigo intitulado O VALOR DE UMA SINFÔNICA, publicado no Jornal do Commércio do dia 10 de abril, cujo autor é o Sr. André Régis, vereador e presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara do Recife, me fez voltar ao assunto.
A referida matéria relata o estado de penúria em que se encontra a tradicional e queridíssima Orquestra Sinfônica do Recife.
Na condição de Pesqueirense, amante da música, admirador das bandas e bastante temeroso quanto ao destino da centenária Banda de Música José Bemvenuto, venho externar a minha admiração e aplaudir a iniciativa do atuante político recifense.
Como cidadão comum, sem mandato e sem prestígio, resta-me apelar para que os vereadores pesqueirenses sigam o exemplo do colega da capital e que a sua luta sirva de motivação para que os daqui se empenhem no sentido de encontrar uma solução que evite a total desativação de uma instituição que formou e projetou vários músicos que honraram o nome e o prestígio da terra de Anísio Galvão.
Convém lembrar que manter uma banda de música não é tarefa fácil para um município, conforme muitos imaginam. A prova é que são raras as que possuem vínculo com as prefeituras. Entretanto, nada impede que os prefeitos destinem uma verba para ajudar, desde que as mesmas estejam devidamente organizadas e habilitadas para funcionar de acordo com a legislação vigente.
Na condição de leigo no assunto, mas como um pesqueirense que gostaria de ver a nossa banda formando jovens instrumentistas e se apresentando nos palcos e nas praças, chamo a atenção dos músicos para que se organizem e se movimentem, caso estejam interessados em lutar pela sua reativação.
Mas isto só não basta. É necessário que as pessoas que gostam e querem ir à janela ou à praça “pra ver a banda passar, tocando coisas de amor”, colaborem conforme ocorre em outros municípios.
Sanharó e Belo Jardim, cujas bandas são mantidas com verbas de seus respectivos municípios e a ajuda permanente da sociedade são dois exemplos a serem seguidos.
Mesmo assim, elas também já enfrentaram tempestades e a população de pronto se mobilizou em seu socorro para que não encerrassem as suas atividades.
Neste início de mês destinado às tradicionais novenas, creio que tem muita gente sentindo saudade das “Noites de Maio”, quando os noiteirosprovidenciavam além da queima de fogos, o leilão e a memorável retreta, onde a banda deleitava os presentes com um repertório que incluía dobrados e músicas populares.
Este, talvez, seja mais um motivo para os pesqueirenses mais “rodados” sentirem e lamentarem a ausência da nossa banda nas festas populares, religiosas e cívicas, escutando a memorável composição de Chico Buarque –A BANDA.RECORDAR É VIVER!
DA REDAÇAO COM O VIDA NEWS
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