ONU escolhe Ivete Sangalo para embaixadora da luta contra o tráfico de pessoas no Brasil

Para diretor da ONU, Ivete Sangalo é uma das artistas mais respeitadas do Brasil, o que pode contribuir com a lutra contra o tráfico de pessoas

Foto: internet

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) escolheu a cantora Ivete Sangalo para representar a luta contra o tráfico de pessoas no Brasil. A baiana será Embaixadora Nacional da Boa Vontade para Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas.

O título será entregue pelo Diretor Executivo do UNODC, Yury Fedotov, que está no Brasil em sua primeira visita oficial ao País. "Ivete Sangalo é uma das mais respeitadas, populares e bem-sucedidas artistas do Brasil", afirmou o diretor.

Para Fedotov, o trabalho da cantora vai além das fronteiras brasileiras, o que pode contribuir para a campanha. "Ela [Ivete Sangalo] já recebeu 14 nomeações e ganhou um Grammy Latino durante sua impressionante carreira. Aguardamos com grande expectativa que ela empreste seus talentos notáveis à luta contra o tráfico de pessoas", espera.

O UNDOC lançou em 10 países a campanha que tem como símbolo o Coração Azul, para representar a tristeza das vítimas deste tipo de crime e lembrar a falta de sensibilidade dos que compram e vendem seres humanos. No Brasil, o lançamento ocorrerá nesta quinta-feira (9).

CRIME - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) atua como guardião da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional e seus protocolos contra o contrabando de migrantes e tráfico de pessoas. Este tipo de crime que explora impiedosamente mulheres, crianças e homens para inúmeros propósitos, incluindo trabalho forçado e sexo.

A Organização Internacional do Trabalho estima que, em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas sejam vítimas de trabalho forçado, incluindo vítimas de tráfico humano para exploração sexual e de trabalho.

Segundo o Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas 2012, publicado em dezembro pelo UNODC, 27% de todas as vítimas de tráfico de pessoas oficialmente detectadas no mundo entre 2007 e 2010 eram crianças.

No Brasil, o trabalho escravo corresponde a dois terços dos inquéritos relacionados a tráfico de pessoas instaurados pela Polícia Federal entre 2005 e 2011, de acordo com um estudo elaborado pela Secretaria Nacional de Justiça, em parceria com o UNODC.
 

Mellyna Reis

Do NE10/Bahia