Cerca de 20 representantes de associações comunitárias, sindicatos dos trabalhadores rurais, cooperativas que integram as comissões municipais da ASA das cidades de Arcoverde, Buíque e Pedra participaram de uma capacitação para avaliar e planejar a execução do novo Termo de Parceria que foi celebrado entre Associação Programa Um Milhão de Cisternas – Ap1MC e Diocese de Pesqueira.
O Programa Uma Terra e Duas Águas visa a implementação de tecnologias sociais de captação de água a ser utilizada na produção de alimentos. Dentre estas tecnologias estão a cisterna calçadão, barragem subterrânea, barreiro trincheira, bomba d’água popular e outras. Um dos objetivos da reunião foi apresentar o novo termo do P1 + 2, uma vez que a Diocese de Pesqueira vem executando essa ação na região há cinco anos. Umas das etapas primordiais é a seleção das famílias que serão beneficiárias do programa. “Essa é uma tarefa fundamental e para isso contamos com a ajuda das lideranças comunitárias”, disse Edmilson Paulino, coordenador do P1 + 2 pela Diocese de Pesqueira, durante a capacitação.
As Comissões Municipais são responsáveis pelo controle social dos programas, pois são canais efetivos de participação coletiva, que tem pautado a efetivação da cidadania no envolvimento democrático da população e implementação das políticas públicas. No caso do Programa Uma Terra e Duas Águas, as comissões municipais ainda tem o papel de evidenciar as experiências exitosas entre os beneficiários do programa, sendo neste aspecto grandes parceiras da Diocese de Pesqueira, pois propiciam um trabalho de base. .
A luta por políticas públicas que valorize as experiências locais foi outro ponto importante levado em conta na reunião. “No semiárido a gente não quer qualquer política, nós queremos ações estruturantes”, disse Neilda Pereira, coordenadora executiva da Articulação no Semiárido – ASA em Pernambuco e coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira, que também incentivou os participantes da capacitação a ir além da água para beber e cozinhar. “Nós estamos numa fase que é a inovação e uma formação que nos possibilite dialogar com o poder público. O momento que nós estamos agora é de construir novas políticas públicas”, reforçou Neilda.
No fechamento da capacitação houve uma proposta dos participantes da realização de um encontro com a sociedade civil organizada e lideranças políticas, mostrando que as mobilizações sociais propiciam uma visão ampla e coletiva da busca pelas políticas públicas contextualizadas para o semiárido. “O que é que nós estamos precisando fazer? Inovar!”, desafiou Iolanda Andrade, participante do evento e coordenadora do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável em Buíque.
Adriana Leal
Comunicadora Popular/Jornalista DRT 971/RN
Gestora Ambiental CRA/PE 6-0060
Diocese de Pesqueira/Cáritas Diocesana
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