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| A presidente Dilma Rousseff em reunião com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e a ministra Gleisi Hoffmann sobre a emenda das domésticas (Foto: Wilson Dias / Agência Brasil) |
A proposta mantém em 40% a multa sobre o
saldo do FGTS em caso de demissão e em 12% a contribuição dos patrões
ao INSS. O relator da comissão especial do Congresso que discute o
assunto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), havia proposto a redução do
valor da multa sobre o FGTS para 5% a 10%. O texto de Dilma também prevê
três tipos de jornada de trabalho diferentes e a criação do banco de
horas proposto pela comissão.
Sete pontos da emenda constitucional que
ampliou os direitos dos empregados domésticos ainda não estão
regulamentados: seguro-desemprego, indenização em demissões sem justa
causa, conta no FGTS, salário-família, adicional noturno, auxílio-creche
e seguro contra acidente de trabalho.
As propostas do governo foram recebidas
por Jucá e pelo presidente da comissão mista que discute o tema no
Congresso, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), em reunião no Palácio do
Planalto.
A ministra Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) afirmou nesta sexta que o projeto para regulamentação
será elaborado pelos parlamentares. "Não terá um projeto de iniciativa
do Executivo para tratar desse assunto, afirmou.
A comissão mista vai elaborar um projeto
de lei que deverá ser aprovado na Câmara e no Senado. O texto, então,
seguirá para sanção ou veto da presidente da República. A emenda prevê
prazo de 90 dias para a regulamentação desses direitos – ou seja, até o
início de julho.
O senador Romero Jucá disse que seu
relatório final deverá ser entregue à comissão mista “ainda nesta
semana”. “Vamos trabalhar rapidamente. Sabemos da ânsia, da vontade da
sociedade brasileira”, afirmou.
Propostas
A proposta de regulamentação do governo
mantém as regras do FGTS existentes para as demais categorias
profissionais: o empregador será obrigado a recolher 8% do salário pago e
ficará mantida a multa rescisória de 40% do saldo da conta do FGTS em
casos de demissão sem justa causa.
Além disso, pela proposta do governo, a
contribuição patronal para o INSS continuará em 12% e a do empregado,
entre 8% e 11%, conforme a faixa salarial.
A proposta prevê também o seguro-desemprego, o auxílio-acidente e o salário-família conforme determina a CLT.
A proposta prevê também o seguro-desemprego, o auxílio-acidente e o salário-família conforme determina a CLT.
O texto do governo contempla ainda três
possibilidades de jornada de trabalho, que será definida em acordo entre
trabalhador e empregado: 44 horas semanais com até 4 horas extras por
dia; regime de revezamento de 12 horas diárias seguidas de 36 horas de
descanso; ou a formação de um banco de horas com compensação das horas
trabalhadas no período de até um ano.
Os empregados teriam direito, pela proposta entregue por Dilma, a intervalo de uma hora de descanso, podendo ser reduzido para 30 minutos mediante acordo. O intervalo mínimo de descanso entre as jornadas seria de 11 horas, e os trabalhadores teriam direito a um dia livre por semana, preferencialmente aos domingos.
Conforme determina a CLT, os empregados domésticos, pela sugestão do governo, teriam remuneração adicional de 50% nas horas-extras e de 20% no trabalho noturno (entre 22h e 5h). Há possibilidade de trabalho em feriados, desde que haja folga compensatória ou remuneração em dobro.
Os empregados teriam direito, pela proposta entregue por Dilma, a intervalo de uma hora de descanso, podendo ser reduzido para 30 minutos mediante acordo. O intervalo mínimo de descanso entre as jornadas seria de 11 horas, e os trabalhadores teriam direito a um dia livre por semana, preferencialmente aos domingos.
Conforme determina a CLT, os empregados domésticos, pela sugestão do governo, teriam remuneração adicional de 50% nas horas-extras e de 20% no trabalho noturno (entre 22h e 5h). Há possibilidade de trabalho em feriados, desde que haja folga compensatória ou remuneração em dobro.
Evitar a 'precarização'
De acordo com a ministra da Casa
Civil, GleisiHoffmann, o governo quer estender a esses empregados os
direitos previstos para todos os demais trabalhadores regidos pela
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Segundo ela, a proposta contempla
direitos já assegurados com a aprovação da PEC das Domésticas, no início
de abril, e também “agrega direitos previstos na CLT”.
“A proposta que entregamos hoje tem como
prioridade a não precarização dos direitos”, declarou a ministra, que
negou que o governo vá entregar um projeto de lei para regulamentar o
trabalho doméstico.
“Nós apresentamos ao Congresso aquilo
que apresentaríamos em projeto de lei. Não abrimos mão de manifestar a
posição do governo”, afirmou. Segundo a ministra, a presidente "acha
importante essa relação com o Congresso, que é a casa onde esses
direitos têm que ser regulamentados”.
O senador Romero Jucá agradeceu a
disposição de Dilma de trabalhar em conjunto com o Congresso. “Nossa
proposta não reduzirá direitos, não reduzirá garantias dos trabalhadores
brasileiros. Esse foi um pacto firmado com a presidenta Dilma”,
declarou o senador.
Itapuama FM

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