As informações foram divulgadas na
semana que antecede a Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra. Na
ocasião, será feita uma avaliação do setor no mundo. Está prevista a
participação de ministros da Saúde de vários países, entre eles o
brasileiro Alexandre Padilha.
Segundo os dados, os gastos públicos
mundiais com a saúde de cada cidadão chegou a quase R$ 1.200 (US$ 571)
por ano em 2010, a última cifra disponível em escala mundial. No Brasil,
esse gasto per capta não chegou a R$ 950 (US$ 466) por ano.
A OMS destaca que, em uma década, o
orçamento do setor no País cresceu quatro vezes. Em 2000, o governo
destinava R$ 215 (US$ 107) à saúde de cada cidadão. Mas esse aumento não
foi suficiente para acabar com a profunda distância do Brasil em
relação aos países ricos.
Os Estados Unidos gastam anualmente, per
capita, US$ 3,7 mil; na Holanda, são US$ 4,8 mil e na Noruega, US$ 6,8
mil. Na outra ponta dos investimentos está o Congo, na África, com US$ 4
per capita por ano, e a Libéria, com US$ 8.
A OMS também ressaltou a defasagem que
existe entre o Brasil e a média mundial em relação ao porcentual do
orçamento público investido na saúde. De acordo com a organização, 15,1%
do orçamento público do mundo vai para a saúde – no País, a taxa era de
10,7% em 2010; entre os demais países emergentes, 11,7%. Dez anos
antes, o governo brasileiro destinava apenas 4,1%.
Segundo a OMS, dos gastos totais de um
cidadão com saúde, o governo brasileiro cobre 47% do valor, anualmente. A
taxa é superior aos 40% observados em 2000. Isso significa que o
brasileiro está gastando, em termos porcentuais, menos dinheiro do
próprio bolso para custear sua saúde.
No entanto, mais uma vez, o índice está
abaixo da conta global. Na média mundial, governos garantem 56% de
cobertura. Nos demais países emergentes, a taxa é um pouco superior à do
Brasil: 48%.
Nos últimos dez anos, o brasileiro
passou a gastar significativamente mais dinheiro com saúde. Somando
gastos privados e investimentos do Estado, cada cidadão investe hoje US$
990 por ano na própria saúde. No ano 2000, esse valor era de apenas US$
265.
Expectativa de vida
Se os gastos públicos brasileiros ainda
não alcançaram a média mundial, a expectativa de vida aumentou de forma
significativa nos últimos 20 anos, informou na quarta-feira, 15, a OMS.
No início dos anos 1990, uma pessoa
vivia no Brasil uma média de 67 anos. Em 2011, essa expectativa atingiu
os 74 anos. Nos países ricos, há dois anos a taxa era de 80 anos. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: R7
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