A presidenta da União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza Repulho, disse que a
preocupação é cumprir a Emenda Constitucional 59, de 2009, que torna
obrigatória a educação dos 4 aos 17 anos de idade a partir de 2016. “Se
não nos organizarmos, não vamos conseguir cumprir”, disse. Também, de
acordo com o Pnad, será preciso criar 1 milhão de vagas para atender às
crianças de 4 e 5 anos de idade que estão fora da escola.
Além disso, segundo ela, os desafios
para atender às crianças até os 4 anos são muitos: “É infraestrutura,
contratação de professor, custeio dessas unidades. A gente sabe que, de
todas as modalidades, a creche é a de maior investimento: cinco
refeições por dia, período integral, mais de um professor por aluno“.
A educação até os 4 anos não é
obrigatória no Brasil, mas o estado deve oferecer vagas em creches
públicas de acordo com a demanda. No entanto, um estudo lançado hoje
(16) no 14º Fórum dos Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da
Undime, pelo Movimento Todos pela Educação, traz uma estimativa do Banco
Mundial de que em 2011 havia uma demanda não atendida de 1,8 milhão de
vagas em creches no Brasil.
Ainda de acordo com o estudo, o número
de creches no país em 2011 era menos da metade do número de pré-escolas,
eram 48.642 creches e 106.292 pré-escolas.
Para tentar resolver o problema da
educação infantil, o governo pretende construir 8.685 creches e
pré-escolas até 2014. De acordo com dados apresentados pelo ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, na abertura do Fórum da Undime, o programa
já concluiu 983 unidades de educação infantil no país, das quais 683
estão em funcionamento. Mais 2.859 estão em construção.
A decisão de tornar essas unidades
creches, para as crianças até os 4 anos, ou pré-escolas, para crianças
de 4 e 5 anos, ou ambos, cabe ao município. Ainda não há um levantamento
de quantos dos novos estabelecimentos serão creches ou pré-escolas.
Nesta quinta-feira, a ministra do Desenvolvimento Social , Tereza
Campello, fez um apelo aos dirigentes para que invistam em creches: “As
crianças precisam ir para a creche, não porque a mãe precisa trabalhar,
mas porque as crianças não têm o estímulo adequado. Temos que nos
esforçar para a universalização desta etapa”.
Fonte: Agência Brasil
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