“Teoricamente,
tem que ser considerada como uma ligação só. Infelizmente, é preciso
ficar olhando minutos e segundos das ligações realizadas, mas se por
acaso houver duas ligações cobradas com intervalo menor que dois
minutos, a própria conta comprova que ele foi cobrado de forma errada”,
explica a advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor,
Veridiana Alimonti.
Se algum problema for constatado, a
empresa deve ser procurada e, se não resolver a pendência em até 30
dias, o cliente pode fazer uma reclamação à Anatel, pelo telefone 1331,
ou ao Procon de sua cidade.
Segundo Alimonti, a medida surgiu por
causa de uma pressão pública em relação ao grande número de quedas de
chamadas em ligações de celulares, principalmente nos planos que cobram
por cada ligação do cliente e não pelos minutos de uso. Para ela, a
medida não resolve o problema das quedas de chamadas, mas deixa de
penalizar o consumidor por ter que pagar novamente a ligação. “Embora
seja ruim a ligação ficar caindo, o consumidor não vai ser duplamente
prejudicado por ter que pagar de novo a ligação, ele só vai ter que
fazer novamente a chamada”, avalia.
O tempo de dois minutos para que a
ligação seja refeita é suficiente, na avaliação da advogada,
especialmente porque os celulares já gravam os números discados, e só é
preciso programar para refazer a ligação. “Se a rede não tiver com
tantos problemas a ponto de não conseguir refazer a ligação, o tempo é
suficiente”.
Segundo a Anatel, a regra das chamadas
sucessivas vale para todos os planos de serviço oferecidos pelas
prestadoras, tanto os de tarifação por tempo quanto por chamada. No caso
de quem paga a ligação por tempo, haverá a soma dos segundos e minutos
de todas as chamadas sucessivas. Para quem paga por ligação, as chamadas
sucessivas serão consideradas uma só para efeito de cobrança e não
poderão ser cobradas do consumidor como ligações diferentes. Não haverá
limites para a quantidade de ligações sucessivas. A nova regra vale
apenas para ligações feitas de celulares, mas os números de destino
poderão ser fixos ou móveis.
Fonte: Agência Brasil
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