Entre as principais atividades estão,
sobretudo, a interação nas redes sociais, sites de busca, portais e o
uso do e-mail. Só no primeiro mês deste ano, os brasileiros passaram,
aproximadamente, 10 horas e 26 minutos navegando nas redes sociais,
13,5% a mais que no ano passado. Os sites de vídeos também tomaram
bastante tempo desses usuários. Dados apontam que essa atividade cresceu
14,8%, com 1 hora e 52 minutos.
A compra online, no entanto, tem se
destacado, cada vez mais, como uma das principais atividades do
brasileiro na rede mundial de computadores, segundo o CEO do Busca
Descontos, Pedro Eugênio. “O aumento do número de usuários na internet e
do tempo gasto na navegação refletem um cenário positivo para o
e-commerce”, afirma. E as perspectivas são as melhores para o setor.
Só em 2012, as vendas no comércio
eletrônico cresceram 29% e movimentaram R$ 24,12 bilhões, segundo dados
da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). “Atualmente, o
Brasil tem uma das maiores taxas de e-commerce. Para 2013 o setor deve
crescer mais de 20%. Produtos de Informática, eletrodomésticos e
eletroeletrônicos são os mais consumidos pelos brasileiros”, disse Pedro
Eugênio.
Os franceses são a segunda nação a
dedicar mais tempo de suas vidas conectados à rede mundial de
computadores. No último mês de dezembro, eles gastaram, em média, 39
horas e 23 minutos. Na terceira colocação está a Alemanha, com 37 horas e
23 minutos gastos por usuário. Os usuários que colocam o Brasil nessa
posição, normalmente, estão dentro da faixa etária de 25 e 49 anos.
O professor de Letras, Felipe Gonçalves,
de 31 anos, confessa que não sabe quanto tempo passa conectado, mas
garante que consegue manter um equilíbrio. “Tem dias que passo muito
tempo, outros não. Mas meus equipamentos estão sempre ligados e
conectados”, afirma o professor que utiliza a rede para fazer,
sobretudo, downloads de músicas, pesquisas, transações bancárias e
algumas compras.
“Lembro da vida sem a internet. Sinto
falta da concentração que tinha. Agora, não consigo ter o mesmo foco de
ler grandes livros em intervalos pequenos de tempo, por exemplo”,
comenta Felipe, que para evitar o vício, evita conectar-se por meio de
dispositivos móveis. “É muito louco as pessoas não conseguirem viver
mais sem internet. Estar conectado não é sinônimo de estar navegando o
tempo todo”, pontua.
Nem todos, no entanto, estão atentos
como Felipe. De acordo com o psicólogo Alexandre Nunes, isso está muito
ligado à educação. “Será que somos educados para o uso da tecnologia?
Temos um quantitativo que aponta para um contingente enorme de uso.
Agora, para que estão acessando e usando?”, questiona o professor, que
diz que esse uso deve ser colocado em debate.
“Temos que lembrar, também, que se trata
de algo muito novo. Isso aconteceu, por exemplo, quando o celular
começou a se popularizar. Acredito que a tendência é que as coisas saiam
do modismo e as pessoas comecem a questionar a importância de cada
ferramenta e a distinguir uso que dá sentido, o uso que não acrescenta
em nada e o uso da dependência, que já é patológico”, concluiu Alexandre
Nunes.
Fonte: Folha-PE
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