terça-feira, 30 de outubro de 2012

'Para o governo Dilma, deixar 2014 para 2014 será melhor', diz Campos

Eduardo Campos (Foto: Luna Markman / G1)
Para presidente do PSB, é hora de desmontar palanques e
cumprir promessas de campanha (Foto: Luna Markman/G1)

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, reuniu a imprensa, na tarde desta segunda-feira (29), em Olinda, para falar sobre o desempenho do partido nas eleições de 2012. A legenda elegeu 440 prefeitos em todo o País, o que corresponde a um aumento de 42% em relação ao pleito de 2008 - o PT ficou em segundo lugar, com crescimento de 14%. "Estamos felizes com os resultados, que foram muito positivos já no primeiro turno e extraordinários no segundo. Agora é hora de desmontar os palanques, cuidar do País e ajudar os que se elegeram a dar conta dos compromissos assumidos com sociedade", disse.

O PSB, partido que elegeu maior número de prefeitos de capitais este ano, é o 4º do país com o maior eleitorado: 11,15% dos brasileiros ou 15,3 milhões de eleitores sob a gestão da legenda. A sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho. PT e PSDB ficaram com quatro capitais cada. Mesmo diante das vitórias do partido nas urnas, Campos mais uma vez não confirmou se concorrerá na disputa eleitoral de 2014.

"A dicussão sobre 14 deve ficar para o tempo certo. Nessa eleição, vimos de uma forma muito clara gente que tomou posse na véspera, achou que estava vitorioso e a vitória foi entregue pelo povo a outro candidato. Agora, vamos ajudar a presidenta Dilma a enfrentar os desafios que estão no horizonte do mundo e do País", falou.

Foi neste momento da coletiva com a imprensa, inclusive, que Eduardo Campos atendeu, em reserva, a um telefonema da presidente Dilma Rousseff. A pausa demorou cerca de dez minutos. "Ela mandou cumprimentos para vocês todos e me recomendou que fosse o mais discreto possível. Ela telefonou para me cumprimentar, falamos sobre vários assuntos administrativos e vamos ter um encontro nos próximos dias", resumiu.

Eduardo Campos (Foto: Luna Markman / G1)
Eduardo Campos interrompe coletiva para atender a
presidente Dilma Rousseff (Foto: Luna Markman / G1)
Eduardo Campos observou que o PSB continua na base de apoio do governo petista e que nenhuma exigência foi feita no sentido de garantir a continuidade dessa parceria política. "Se vocês [jornalistas] fizerem um levantamento dos embates, o PSB sempre esteve em posição a favor da Dilma. Já tem muita gente criando problemas para a Dilma, nós queremos ajudá-la a tocar a pauta nacional", disse.

Para o governador, o debate agora deve se focar nas pautas do Congresso Nacional, como o marco regulatório do petróleo e do setor elétrico, investimentos no setor público e a seca no Nordeste do País. "É muito cedo para que a gente possa saber qual vai ser cenário de 2014, como o Brasil vai estar nesse momento. Acho que, para o governo da presidenta Dilma, deixar 14 para 14 será melhor. Quanto mais a gente antecipa a disputa, a gente acumula dificuldades em um cenário que já tem dificuldades", comentou o governador, referindo-se, principalmente, à crise econômica internacional.

Campos informou que a executiva nacional do PSB está organizando um seminário com os prefeitos que se elegeram pela legenda, que será realizado em Brasília, nos dias 30 de novembro e 1° de dezembro. "Nosso próximo passo é cuidar de ajudar os que ganharam, prepará-los para fazer o melhor governo possível. Em linhas gerais, o seminário fará uma análise de conjuntura para que os prefeitos tenham ideia do primeiro ano de administração, que é o mais duro, depois uma ideia dos primeiros passos para uma boa gestão, nas questões fiscais e principais áreas, como saúde, educação, infraestrutura", explicou.


Do G1 PE

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