Família divulgou foto de YslainneFoto: Clemílson Campos/JC Imagem |
Na residência do acusado, a polícia encontrou um revólver calibre 38 e maconha (a quantidade, no entanto, não foi informada). A auxiliar de cozinha Mônica Santos, mãe de Ytalo e Yslainne, conversou com a reportagem enquanto aguardava a liberação do corpo do filho, no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central do Recife. Visivelmente abalada com a tragédia que desestruturou a família, ela disse que nunca imaginou que o genro faria qualquer ato de violência contra o filho. "Eles eram amigos, os três saíam juntos. Na sexta, inclusive, eles foram a uma festa e meu filho veio dirigindo a moto dele, porque Diego não tinha habilitação", conta.
Na manhã do crime, o acusado foi à casa da sogra e pediu para falar com o cunhado porque precisava pegar os documentos, que havia esquecido durante a festa, no dia anterior. "Quando ouvi foram os disparos no quarto. Ele matou meu filho na cama, enquanto dormia, não teve nem chance de reação", relembra Mônica. Ao deixar a casa, o jovem ameaçou atirar na sogra e fugiu de moto.
Segundo familiares da vítima, Yslainne morava com Diego em um imóvel localizado próximo à casa da mãe, mas ele a proibia de frequentar a escola, ver os amigos e tinha ciúmes da relação dela com o irmão, explica um dos tios da vítima. "Até a mãe dele o mandava controlar o ciúme excessivo, dizendo que aquilo não era saudável", acrescenta uma tia, que preferiu não se identificar.
A família de Yslainne, que cursa o 1º ano do ensino médio, acredita que Diego mantém a jovem sob ameaças. "Consegui falar com minha filha, por telefone, e perguntei se o irmão tinha feito algo contra ela. Respondeu que não, mas disse que Diego não gostava da relação dela com o irmão e tinha ciúme quando Ytalo a abraçava ou beijava. Quando perguntei se o irmão já tinha abusado dela, o namorado pegou o telefone e desligou", conta a mãe. O enterro de Ytalo será hoje no Cemitério de Paulista.
A família divulgou a foto da adolescente com o objetivo de facilitar as buscas. Informações sobre a localização de Yslainne podem ser registradas pelo plantão da polícia, 190, ou pelo Disque-Denúncia, por meio do telefone 3421.9595. O serviço funciona 24 horas, sete dias por semana. O denunciante, após registrar a queixa, recebe uma senha que pode ser usada posteriormente para o acréscimo de outras informações ou para acompanhar o andamento das investigações. Outra opção é o registro anônimo utilizando o www.disquedenunciape.com.br. "Tenho medo do que ele pode fazer com minha filha, uma pessoa que comete algo assim está descontrolada. Acredito que ela ainda não sabe o que aconteceu com o irmão", afirmou Mônica.
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