Diego Gualberto, 18 anos, se apresentou hoje à polícia para contar sua versão do crime
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
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"Queria os documentos para pegar a moto e viajar com ela (Yslainne). Estava com muita raiva depois que descobri tudo", afirmou. O acusado disse que o motivo do ódio foi ter ouvido que a vítima abusava a namorada dele sexualmente há cerca de dois anos. "Eu já desconfiava, mas, no sábado, depois de uma festa, deitamos na cama e começamos a chorar. Ela me contou que ele a estuprou dentro da minha casa, em cima da minha cama", relatou. Diego Gualberto disse que planejava se mudar com Yslainne depois que voltasse da viagem. "Quando fui pegar o documento da moto, vi a arma. No impulso, peguei e atirei", contou. O acusado afirmou que já havia visto o cunhado armado.
Diego disse que está arrependido pelos tiros que admitiu ter disparado contra Ytalo Santos, da mesma idade. "Ele era o meu único amigo no momento, mas quando vi a arma fiquei com muita raiva e acabei atirando. Não lembro o que aconteceu na hora, só que fiquei gritando 'tarado safado' e corri. Nem sabia se tinham pego nele (os tiros)", disse.
A família da vítima, no entanto, conta uma versão diferente. Negando que Ytalo já houvesse abusado a própria irmã, a mãe dos dois, a auxiliar de cozinha Mônica Santos afirmou ao Jornal do Commercio, no domingo (19), que o genro chegou à sua casa e pediu para falar com o cunhado. "Quando ouvi foram os disparos no quarto. Ele matou meu filho na cama, enquanto dormia, não teve nem chance de reação", relembra Mônica. De acordo com um dos tios da vítima, Diego proibia a garota de frequentar a escola, ver os amigos e tinha ciúmes da relação dela com o irmão.
Depois do crime, o acusado fugiu de moto levando a namorada. Durante alguns dias, ficou em uma praia do Litoral Sul pernambucano. A garota não teve o seu paradeiro revelado pelo acusado, mas o advogado dele, Sílvio Luiz Ferreira, afirma que Yslainne também vai se apresentar à polícia quando for solicitado. "Ela quer ficar com a minha família, está com os meus pais", afirmou Diego. De acordo com o delegado Jáder Alves Brasiliense, responsável pelas investigações, entretanto, policiais encontraram a casa onde a família vive vazia e depredada.
Do NE10
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