O estatuto ainda precisa ser apreciado
pela Câmara dos Deputados, onde havia sido aprovado em 2011. Como passou
por alterações no Senado, o texto deverá voltar para a Casa de origem.
Pelo texto relatado pelo senador Paulo
Paim (PT-SP), além dos assentos gratuitos, as empresas de transporte
devem oferecer duas passagens com 50% de desconto.
Pela proposta aprovada, a meia-entrada
também vale para estudantes que comprovem matrícula em instituição de
ensino com o uso de carteirinha expedida “preferencialmente”, segundo o
texto, pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, pela União Nacional
dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(Ubes) e por entidades estudantis estaduais e municipais a elas
filiadas.
O projeto também define que o pagamento
de meia-entrada vale para jovens de famílias com renda mensal de até
dois salários mínimos. A meia-entrada prevista para o Estatuto da
Juventude não se estende aos jogos da Copa do Mundo de 2014, nem às
Olimpíadas de 2016, cujas entradas (incluindo as vendidas com desconto)
são reguladas pela Lei Geral da Copa.
Para ter acesso ao direito, as famílias
desses jovens deve estar registrada no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O texto aprovado pelo Senado
prevê, ainda, a garantia de direitos básicos aos jovens, como acesso à
educação e à profissionalização, ao trabalho e à renda.
Limite
Após a votação do texto principal, foi aprovada emenda que limita a concessão do benefício da meia-entrada a 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento. Segundo parlamentares, a emenda foi articulada com entidades de representação dos estudantes e da classe artística.
Após a votação do texto principal, foi aprovada emenda que limita a concessão do benefício da meia-entrada a 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento. Segundo parlamentares, a emenda foi articulada com entidades de representação dos estudantes e da classe artística.
O presidente da Associação dos
Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, Eduardo Barata, comemorou o novo
texto e afirmou que a medida possibilitará a flexibilização dos preços.
“Com a aprovação dos 40%, vamos poder programar estratégias de
bilheteria e diminuir os preços. Agora, eu sou o dono da bilheteria, e
não o poder público”, disse Barata.
A alteração foi apresentada pela
senadora Ana Amélia (PP-RS) e pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO). A
conclusão da votação só ocorreu após extensa discussão dos senadores das
demais emendas, todas rejeitadas.
O projeto torna obrigatória a manutenção
pelo Estado de programas de expansão do ensino superior, com oferta de
bolsas estudos em instituições privadas e financiamento estudantil.
Fonte: G1
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