Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem |
No mesmo dia em que admitiu ao JC a
possibilidade de não terminar o mandato em 2014, o governador Eduardo
Campos (PSB), cotado para disputar a próxima eleição presidencial
(2014), figurou com 4% de intenções de voto em nova pesquisa divulgada
pelo instituto Datafolha. Embora tenha tachado de “precário” o debate
antecipado da sucessão presidencial com “quatro ou cinco palanques
hipotéticos”, o socialista se prepara para entrar em 2013 disposto a
duas coisas: ajudar a presidente Dilma Roussef (PT) a “ganhar o ano” e
também consolidar sua imagem em nível nacional.
Eduardo apareceu em um dos quatro
cenários estimulados no levantamento do instituto paulista, ficando
atrás da presidente Dilma Rousseff, que figurou com 54%; da ex-senadora
Marina Silva (sem partido), que obteve 18%; e do senador Aécio Neves
(PSDB-MG), com 12%. Brancos e nulos somaram 6%, enquanto 5% dos
entrevistados pelo Datafolha não souberam responder.
Em comparação com o primeiro cenário,
sem o socialista e envolvendo os demais nomes, é possível perceber que
Dilma e Aécio apresentaram quedas em seus percentuais que a pesquisa
colocoun o nome do governador pernambucano. A petista aparece com 57%
sem Eduardo Campos, enquanto o tucano registra 14%. Já os índices de
Marina, de brancos e nulos e de entrevistados que não sabem em quem
votar não sofreram alteração.
O Nordeste foi responsável por alavancar
os números de Eduardo. O governador de Pernambuco obteve 8% das
intenções de voto na área, à frente inclusive de Aécio Neves, que
recebeu apenas 6%. Dilma também teve seu melhor desempenho no Nordeste
(59%). Marina ficou com 16%. Outros 4% votariam em branco ou anulariam a
escolha, enquanto 6% não souberam em quem votar.
Nas demais regiões, Eduardo obteve
índices mínimos: 3% no Sudeste, 2% no Norte/Centro Oeste, e apenas 1% no
Sul. Com isso, as posições de Dilma (49%, 56% e 58%, respectivamente),
Marina (19%, 20% e 16%) e Aécio (17%, 11% e 11%) foram mantidas nessas
localidades.
Para a pesquisa publicada no jornal
Folha de S.Paulo neste domingo, o instituto Datafolha ouviu 2.588
pessoas em 160 cidades. O levantamento foi realizado na última
quinta-feira (13), mesma data que o socialista concedeu entrevista aos
três jornais pernambucanos e declarou ao JC que poderia não terminar o mandato. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
“Em 2014, eu tenho que fazer um diálogo
com meus companheiros para saber qual será o papel que vou cumprir. Eu
posso, em primeiro lugar, ficar, e não tem drama nenhum nisso. E posso
sair. Saindo, deverei ter uma missão (dada pelo PSB) para justificar
essa saída”, admitiu.
Do Jornal do Commercio
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