terça-feira, 13 de novembro de 2012

Prefeitos divididos na ''greve branca'' E Pesqueira como ficou?


Como forma de protestar pela queda de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dezenas de prefeitos de Pernambuco resolveram paralisar parte dos serviços e decretar greve, nessa segunda-feira, véspera de uma caravana de prefeitos a Brasília, marcada para esta terça-feira. Outras dezenas, contudo, preferiam não aderir ao movimento.De acordo com um dos idealizadores do movimento, Eudson Catão (PSB) – prefeito de Palmerina e presidente do Consórcio de Municípios do Agreste Meridional (Codeam) – 89 dos 184 prefeitos aderiram ao protesto, na tentativa de sensibilizar o núcleo político do governo Federal, em especial a presidente Dilma e os ministros ligados diretamente aos cortes de verbas. Catão afirma que, este ano, os municípios perderam mais de R$ 3,5 bilhões, devido à liberação do IPI sobre os produtos de linha branca e veículos, e ainda enfrentam o problema da seca.

Pelos números da Casa Militar, 125 cidades decretaram estado de emergência e 117 delas tiveram o pedido reconhecido. No Sertão são 56 municípios e oito na Zona da Mata. A pior situação é no Agreste, com 61 municípios tendo a situação de emergência reconhecida. “Essa não é uma greve contra a presidente Dilma ou o seu governo. É um alerta. Estamos fazendo isso devido à situação que estamos passando. Tem prefeito que está demitindo porque não está conseguindo fechar a folha de pagamento. Não podemos deixar débito para o ano seguinte, senão seremos pegos pela Lei de Responsabilidade Fiscal”.

Apesar da situação do Agreste ser uma das piores, prefeitos de algumas cidades resolveram não aderir ao movimento. O de Camocim de São Félix, José Giovani Bezerra (PTB), apesar de não ter comparecido nessa segunda à prefeitura determinou que seja mantido o funcionamento normal. De acordo com a secretária de Finanças, Cristiane Oliveira, não há benefícios com a greve. “O prefeito entende que não vamos economizar com a greve. Então não faz sentindo parar. Ninguém vai cortar folha de pagamento dos funcionários. A grande questão é a escassez de recursos em virtude dos cortes no FPM e a greve não muda esse cenário”, ponderou a secretária.

 Jornal do Commercio

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