Promotoria também pediu a prisão preventiva do PM.Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu nesta segunda-feira denúncia contra o policial militar Márcio Perez de Oliveira, que atirou contra Rafael Costa da Silva, de 17 anos, após confundir o estouro do pneu do carro do jovem com barulho de tiro. Também foi solicitada a prisão preventiva do PM pela prática de homicídio doloso, quando há a intenção de matar.Rafael Costa da Silva foi atingido por dois tiros de fuzil disparados por Márcio na noite de 28 de outubro passado, na Estrada do Porto Velho, em Cordovil.No requerimento de prisão preventiva, o titular da 1ª Promotoria de Justiça junto ao IV Tribunal do Júri, Marcelo Muniz Neves, ressalta a existência de dois requisitos que autorizam a decretação da medida: a conveniência da instrução criminal e a garantia da ordem pública.
O MP destaca no requerimento os depoimentos de outros dois ocupantes do Fiat, que afirmaram terem sido impedidos pelos policiais de retirar a vítima de dentro do carro para que fosse socorrida. Informaram ainda que um dos policiais colocou dois dedos, em forma de pinça, no ferimento do pescoço da vítima como se tentasse retirar algo.A instituição também ressaltou que "o crime foi cometido em via pública, no meio do trânsito".
Família diz que mais de um policial atirou contra o carro
Irmãos do estudante Rafael Costa da Silva elaboraram uma carta contando o sofrimento que a família enfrenta. Eles pretendem encaminhar o relato às autoridades.No texto, reafirmam a hipótese de que além do sargento Márcio Perez de Oliveira, 36 anos, do 16º BPM (Olaria), outros policiais abriram fogo contra o Fiat Idea onde estava o rapaz.“As imagens do veículo desmentem a declaração da PM de que um policial efetuou dois disparos... O veículo foi alvejado de 4 direções diferentes... Há pelo menos mais 3 atiradores que deverão responder junto com o assassino ao crime de tentativa de homicídio contra os meus outros 2 irmãos e amigos”, diz a carta.
Da redaçao com o dia online-Rio de Janeiro
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