quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Assembleia Legislativa realiza Grande Expediente Especial para avaliar as ações contra a seca

A Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco realizou no dia 05 de novembro, Grande Expediente Especial para avaliar as ações do Governo do Estado contra a seca. Para expor o assunto foi convidado o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos, que definiu o panorama da região pernambucana, como a pior estiagem dos últimos 50 anos. A opinião
do deputado Manoel Santos, é para que a seca seja tratada de uma forma estrutural, e não apenas emergencial: “Israel convive com a seca e tem os índices pluviométricos muito menores dos que são registrados em nosso país, mas eles adotaram uma política pública de convivência que permite uma qualidade de vida muito melhor do que a nossa”, comparou o líder petista, aproveitando para parabenizar a iniciativa de uma discussão sobre as medidas
de combate aos efeitos da seca. Em Pernambuco, 122 municípios estão em situação de emergência, e 220 mil famílias foram afetadas pela seca.

“Mesmo depois das chuvas, o rebanho bovino, caprino e ovino levará tempo para se recuperar”, observou o secretário Ranilson Ramos, registrando que, em algumas áreas do Sertão, é difícil encontrar alguns tipos de animais. “Atualmente, em Pernambuco, não há mil produtores com mais de 500 cabeças de gado”, enfatizou. Antes da seca, o rebanho bovino era de 2,5 milhões de animais.

O secretário também traçou um panorama e destacou iniciativas da Operação Seca relacionadas à assistência à população e ao rebanho, e às obras emergenciais e estruturadoras. Foram citados exemplos como a linha de crédito emergencial do Banco do Nordeste; subsídio ao milho, perfuração, instalação e manutenção de poços artesianos; eprogramas de Garantia Safra e o Bolsa Estiagem e o Chapéu de Palha.

Foram apresentados estudos pela relatora da Comissão Especial, deputada Izabel Cristina, PT. Ela defendeu a construção de barragens e de adutoras ramificadas. “A perfuração de poços e as adutoras são uma alternativa”. Ela sugeriu a permanência do colegiado independentemente das chuvas. “É preciso que as ações sejam continuadas”, complementou. Ao sobrevoar as
áreas atingidas, se observa um quadro desolador. Esta foi a definição do deputado Waldemar Borges, que ressaltou a quase extinção do rebanho e a desestruturação da agricultura como uma realidade. O parlamentar salientou a importância das ações governamentais e disse que espera o engajamento da sociedade na luta contra a seca.

Para o presidente da Fetape, Doriel Barros, é hora de ações emergenciais que beneficiem o pequeno agricultor. “O rebanho está dizimado. As famílias não contam mais com a Palmeira que era uma cultura de subsistência e depois dessa fase, precisamos desenvolver ações que garantam o mínimo de qualidade de vida para enfrentar esse período novamente”, disse defendendo que o Bolsa Estiagem precisa ser estendido por um período de dez meses, pelo menos.

A iniciativa foi solicitada pelo líder governista, deputado Waldemar Borges, do PSB,em conjunto com Raimundo Pimentel, do PSB, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da Seca.


DA REDAÇAO COM Manoel Santos depmanoelsantospt@gmail.com

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