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| Especialistas dizem que Nordeste tem água, mas falta distribuição / Foto Ilustrativa |
A fome, sede e as perdas agrícolas enfrentadas, anualmente, por quase 20 milhões de brasileiros que vivem no Semiárido nordestino, poderiam ser evitadas se existisse um programa de abastecimento de água para a região nos mesmos moldes do Programa Luz para Todos.
O defensor da proposta, João Abner
Guimarães Júnior, especialista em recursos hídricos da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, garante que o novo sistema solucionaria,
inclusive, os impactos agravados em anos com estiagem mais prolongada
como o atual.
As cidades nordestinas estão enfrentando
desde o último mês de janeiro uma das maiores secas dos últimos 30
anos. As previsões meteorológicas indicam que as chuvas só devem cair no
Semiárido a partir do ano que vem.
Segundo ele, um sistema adutor com
capilaridade seria suficiente para atender a toda a demanda local,
comprometendo menos de 20% da disponibilidade hídrica dos reservatórios.
Ao apresentar dados de armazenagem de
água no Nordeste, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente
da Câmara dos Deputados sobre o problema da seca na região, o
pesquisador destacou que o Semiárido brasileiro é um dos sistemas
ambientais mais chuvosos do mundo, mas o acesso à água não está
democratizado.
A situação do Semiárido nordestino,
segundo os especialistas, reflete falhas do cenário nacional. O Brasil
concentra a maior parte da água escoada no mundo, mas enfrenta problemas
de má distribuição: 72% estão na Região Amazônica; 19% no Centro-Oeste;
6% no Sul e Sudeste; e apenas 3% no Nordeste.
Fonte: Agência Brasil

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