quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Empurrados para a fome,No último dia da série sobre a seca, história dos que perderam o gado ou parte dele e se afogaram em dívidas, apostando na possibilidade de uma vida melhor


Há mais de um ano, José Enilson, 45 anos, morador da Fazenda Papagaio, em Floresta (434 quilômetros do Recife), dois filhos e R$ 130 por mês, assiste a um terrível espetáculo: seu rebanho entristece, cai e morre. Perdeu seis cabeças de gado. Perdeu mais 40 bodes. Todos foram vítimas da sede e da fome. Depois de levar os animais para o meio da caatinga, para que eles possam encontrar na terra seca algo para enganar a barriga, ele volta para guardar o rebanho. Aponta um dos bichos: “Aquele boi ali tá tão magro que a barriga colou. O osso já encontrou o vazio”.

Não deveria ser assim. O agricultor se inscreveu há quatro meses no programa Vendas em Balcão, onde o governo federal, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), subsidia o excedente de milho vindo do Centro-Oeste (R$ 18,12 até 3 mil quilos; R$ 21,60 até 7 mil quilos; R$ 24 até 14 mil quilos de milho). Nunca recebeu nenhuma das sacas de milho prometidas. Como vários agricultores e pecuaristas entrevistados nesta série, recorre ao xique-xique e ao mandacaru (este com extração proibida pelo Ibama) para conseguir atenuar a situação-limite de seus animais. Há meses José não se dá ao luxo de pensar em adquirir qualquer produto além da comida para manter vivos os animais que custou a ter. Mas nem mesmo isso a seca permite que ele faça.

VEJA A MATERIA COMPLETA ACESSANDO O LINK ABAIXO.
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/11/20/empurrados-para-a-fome-64108.php

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