domingo, 21 de outubro de 2012

A FNM (Federação Nacional dos Municípios) realizou pesquisa e revelou que 88% dos prefeitos eleitos herdarão verdadeiras massas falidas


Não são apenas papagaios de fornecedores, dívidas exorbitantes com a Previdência, mas máquinas com excessos de pessoal, servidores em atraso e dívidas roladas até por 20 anos. Segundo a Federação, praticamente metade dos municípios atrasa todos os compromissos mês a mês e 30% não cumprem a lei que obriga o pagamento do piso nacional dos professores, de R$ 1.451,00. O fosso é antigo e se aprofundou mais ainda com a brutal queda nos repasses dos recursos constitucionais.Um dos exemplos é o município do porte de Serra Talhada, com 80 mil habitantes, segundo PIB do Sertão pernambucano, recebeu este mês apenas R$ 119 mil da União como parte da segunda cota mensal do FPM. Não deu sequer para cobrir o duodécimo da Câmara de Vereadores, de R$ 390 mil.

A pequena Cumaru, no Agreste, viu entrar nas contas do tesouro municipal apenas R$ 60 mil, enquanto R$ 90 mil se destinariam, obrigatoriamente, à Câmara de Vereadores. As contas não vão bater nunca. E como ficam os municípios diante de igual tragédia? A esta altura, prefeitos eleitos que fizeram promessas mirabolantes na campanha devem ter perdido o sono. Dificilmente obterão êxito, a não ser que cortem na própria carne, o que significa, na prática, em redução de pessoal.O prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (sem partido), vai assumir a dianteira do movimento por uma nova marcha à Brasília, em 13 de novembro. A presidente Dilma acenou com uma audiência com os gestores municipais, via Federação Nacional dos Prefeitos, para discutir uma saída em relação aos cortes drásticos nos repasses do FMP.

DA REDAÇAO COM O  InformePE

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